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Economia

Produção mundial de alimentos deverá ter crescimento menor nos próximos 10 anos

O crescimento da produção global dependerá mais da produtividade e do aprimoramento de práticas agrícolas

Por Da Redação
Ás

Produção mundial de alimentos deverá ter crescimento menor nos próximos 10 anos

Foto: Agência Brasil

A produção e consumo globais de alimentos enfrentarão um ritmo mais lento nos próximos dez anos, segundo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico) e da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). O Brasil desempenhará um papel maior na demanda global de milho, porém verá sua participação diminuir em relação ao arroz. 

A produção global de cereais, prevista para atingir 3,1 bilhões de toneladas até 2032, destaca o crescimento de 11% no milho e arroz. Enquanto trigo e soja têm projeções menores, com 7% e 8% de crescimento, respectivamente.

A soja, líder nacional na produção, prevê crescimento de 8%, atingindo 415 milhões de toneladas, porém a demanda crescerá apenas 5,6% no período. Já o milho, que tem obtido safras recordes no Brasil, terá um dos maiores aumentos, com aumento de produção de 11%, chegando a 1,36 bilhão de toneladas em 2032.

O arroz também terá destaque, com demanda crescente nos países asiáticos, prevendo uma produção de 577 milhões de toneladas. No entanto, o Brasil terá pouca participação no mercado global de arroz, devido à menor área plantada. A produção nacional está no menor nível em 25 anos.

A OCDE alerta para riscos, incluindo questões geopolíticas, eventos climáticos e doenças nos setores animais, impactando a produção e o comércio. O crescimento da produção global dependerá mais da produtividade e do aprimoramento de práticas agrícolas.

O consumo per capita de proteínas terá crescimento limitado de 1%. Os consumidores optarão mais por carne de frango, com aumento de 12% no consumo nos próximos dez anos. A América Latina, impulsionada pelo Brasil, liderará a expansão do fornecimento global de alimentos, com o Brasil projetando expansão de 1,8% ao ano.

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