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Professor da UFPB responde processo interno por usar camisa do MST em aula

Ele atua com o MST desde 2020, afirmou

Por Da Redação
Ás

Professor da UFPB responde processo interno por usar camisa do MST em aula

Foto: Divulgação

Um professor do curso de medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) responde um processo interno após ser denunciado por um cidadão, por usar camisa do Movimento Sem Terra (MST) durante uma aula, segundo coluna de Carlos Madeiro, do UOL.  

A pessoa não identificou se era aluno quando fez a queixa sobre o professor Luciano Bezerra Gomes à Ouvidoria Geral, ligada à Reitoria da UFPB. A universidade optou por abrir o processo e encaminhar para o Centro de Ciências Médicas. Gomes foi informado no dia 5 de setembro sobre o procedimento, aponta a coluna.

Segundo o acusador, outros professores também compactuam com o movimento. "Em suas aulas de Epidemiologia no curso de medicina realiza propaganda política, utilizando roupas com logos do Movimento Sem Terra, e utilizando em seus slides no retroprojetor a logo de tal movimento de cunho político-social. Outros professores desse mesmo departamento também utilizam adesivos e alusões envolvendo manifestações políticas", contou em uma mensagem à Ouvidoria da UFPB.

O professor Luciano é doutor em Clínica Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)e há 15 anos da aula na UFPB. E desde 2020, segundo ele contou à coluna, desde 2020 realiza trabalhos envolvendo o MST, com ações em acampamentos e assentamentos. 

"Por estar já há mais de três anos ativamente trabalhando com o movimento, em vários momentos eu ganhei camiseta, boné e outras coisas como presentes, que eu utilizo com outras camisas para defender as pautas que acho importantes.", contou à Coluna.

O processo foi alvo de protesto da Adufpb (Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba), que publicou uma nota defendendo Luciano, mas também denunciando "repressão e perseguição pelos instrumentos institucionais e administrativos, que deveriam servir ao bem comum e à exigente transparência de uma sociedade democrática."

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