Professora é agredida por familiares de aluno após reclamar do comportamento da criança

Uma professora de reforço escolar de 65 anos, identificada como Célia Regina Silva, recebeu chutes, puxões de cabelo e socos da família de um aluno de sete anos após ela reclamar do comportamento dele durante as aulas. O caso aconteceu no bairro de Resgate, em Salvador.

A denúncia foi feita pela filha da mulher, Andrea Regina Silva, que informou que a violência ocorreu na última segunda-feira (17). 

De acordo com Andrea Regina, o garoto foi matriculado no reforço escolar no começo de 2024 e, inicialmente, apresentava um bom comportamento. Porém, no final do ano, ele passou a se negar a fazer as atividades e respondia a professora com agressividade quando era chamado atenção.

No dia 11 de março deste ano, a professora perguntou ao menino qual atividade tinha para ser feita, e ele questionou "ela já ia começar com a chatice dela", reforçando que "já tinha dito que ela não era mãe dele".

"Minha mãe disse que ela tinha que ensinar o dever e ele deu um tapa na cara de minha mãe", relatou ao g1. 

A mulher ligou para a mãe do garoto e comunicou a situação, pedindo para que ela fosse até a casa dela para uma conversa, o que não aconteceu. 

No dia 18 de março, o menino voltou para as aulas de reforço e tentou gravar a professora com um celular. Célia Regina teria se sentido desconfortável e chamou novamente a mãe do aluno. 

"Ela chegou com a tia do menino e o padrasto. Ele tirou a minha mãe de dentro de casa pelos cabelos, não considerando que tinham três crianças no reforço. Os meninos pedindo para que ele não fizesse nada com minha mãe, porque ela não tinha feito nada na criança. Pelo contrário, ele que tinha batido nela", detalhou a Andrea Regina ao portal.

Ainda segundo a filha, um deles estava com uma arma de choque. "Uma arma que tem uma corrente de seis mil volts. Se minha mãe recebe esse choque, ela tinha uma parada cardíaca na hora. As agressões só pararam quando minha vizinha de porta, que faz hemodiálise três vezes na semana, conseguiu tirar os três em cima da minha mãe".

A denúncia foi registrada da Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (Deat).