Proibição à emissora árabe Al Jazeera é prorrogada por Israel
Inicialmente, foi imposta uma proibição de 35 dias às operações
Foto: Reprodução/RedesSociais
Foi prorrogada por mais 45 dias pelo regulador de telecomunicações israelenses, as operações da Al Jazeera em Israel neste domingo (9). Suas transmissões foram consideradas uma ameaça à segurança pelo gabinete.
Inicialmente, foi imposta uma proibição de 35 dias às operações da Al Jazeera em Israel, imposta pelo governo por motivos de segurança nacional, que terminou no sábado (8).
O Supremo Tribunal de Israel descreveu a medida contra o canal de radiodifusão apoiado pelo Catar como “criando um precedente”, em uma decisão separada sobre uma petição da Al Jazeera contra o encerramento. Então, a corte deu até o dia 8 de agosto para o governo de Israel apresentar argumentos do porquê não deveria ser determinado que a lei que impede uma emissora estrangeira de prejudicar a segurança nacional” é nula.
O argumento foi que não havia incitação á violência ou ao terrorismo, por isso, a proibição era desproporcional e, também, mostraram documentos judiciais. O canal, que criticou as operações militares de Israel em Gaza, não estava imediatamente disponível para comentar. As transmissões da rede nas empresas de cabo e satélite, assim como o acesso aos seus sites, irão permanecer bloqueados, segundo o Ministério das Comunicações de Israel.
O juiz Shai Yaniv disse que recebeu as provas de uma relação estreita e de longa data entre o Hamas e a Al Jazeera, e acusou o canal de promover objetos do Hamas. Um quarto de hotel em Jerusalém usado pela Al Jazeera usado como escritório foi invadido por autoridades israelenses no dia 5 de maio e disseram que, enquanto durasse a guerra em Gaza, iriam encerrar a operação.