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Projeto da ONU busca preservar a floresta amazônica no Maranhão

Segundo órgão, o projeto abordará a degradação ambiental arraigada da floresta amazônica no estado brasileiro

Por Da Redação
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Projeto da ONU busca preservar a floresta amazônica no Maranhão

Foto: Unep Grid Arendal/Riccardo Pravettoni

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou na terça-feira (17), que o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Ifad)) e o Governo do Maranhão, assinaram um acordo de financiamento para a implementação do Projeto de Gestão Sustentável da Amazônia.

De acordo com o Ifad, o projeto abordará a degradação ambiental arraigada da floresta amazônica no estado brasileiro com os maiores índices de pobreza e insegurança alimentar.

Claus Reiner, diretor do Ifad no Brasil, afirmou que  no Maranhão, assim como em outras partes do Brasil, pobreza, insegurança alimentar e degradação ambiental estão profundamente interligadas. O estudioso explica que a iniciativa busca fornecer aos pequenos agricultores e comunidades tradicionais ferramentas que permitam melhorar sua situação socioeconômica sem ter que recorrer ao esgotamento de seus recursos naturais.

Segundo dados da Ifad, Agricultores familiares, povos indígenas e outras comunidades tradicionais da floresta amazônica maranhense estão entre as populações mais pobres do Brasil. Além disso, o estado do Maranhão tem a maior proporção de pessoas vivendo em pobreza no Brasil, chegando a 53%. Outros 20% estão em extrema pobreza.

A área do projeto compreende três regiões do Estado do Maranhão: Amazonas, Gurupí e Pindaré, e abrange as terras indígenas de Arariboia, chegando a 58.755 km² e incluindo 37 municípios.

O alcance do projeto deve cobrir aproximadamente 72% da floresta amazônica do estado que, de acordo com o Ifad, é uma região que está sob constante ameaça de desmatamento e degradação por extração ilegal de madeira e exploração para agricultura em grande escala.

Como resultado, a iniciativa deve reduzir as emissões de gases de efeito estufa em aproximadamente 6 milhões de toneladas de CO2.

O custo total do projeto é de US$ 37 milhões, dos quais o Ifad contribuirá com uma doação de US$ 17 milhões, fornecida pelo Governo da Alemanha por meio do Programa de Adaptação Aprimorada para Agricultura de Pequenos Produtores.

O Governo do Maranhão contribuirá com R$ 16 milhões, e os beneficiários farão contribuições em espécie de R$ 4 milhões.

O projeto tem como alvo as populações mais pobres e vulneráveis da Amazônia brasileira e deve beneficiar aproximadamente 80 mil pessoas em zonas rurais, das quais pelo menos 50% são mulheres e 25% são jovens.

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