Promotoria de Justiça investiga venda de ingressos para show de Taylor Swift no Brasil
Revolta de fãs e denúncias de cambismo levam autoridades a tomar medidas legais
Foto: Divulgação
A Promotoria de Justiça do Consumidor de São Paulo anunciou nesta terça-feira (13) que abrirá uma investigação sobre a venda de ingressos para a turnê "The Eras Tour" da cantora Taylor Swift, que está prevista para ocorrer em novembro no Brasil. Além disso, recomendou que a Promotoria de Justiça Criminal investigue os cambistas que supostamente atuaram nos sites de venda e nas bilheterias físicas de São Paulo e Rio de Janeiro, cidades onde os shows acontecerão.
A revolta dos fãs da artista americana se intensificou nas redes sociais após a venda de ingressos durar menos de 50 minutos. Muitos afirmaram que os cambistas compraram os bilhetes e estariam revendendo em sites não oficiais. Relatos nas redes sociais também indicaram que os cambistas teriam coagido os fãs nas bilheterias dos estádios onde os shows serão realizados.
Diante do grande volume de reclamações, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) enviou um ofício ao Ministério Público solicitando a investigação da presença e das ações dos cambistas durante a venda dos ingressos. A parlamentar também pediu que a investigação do show da Taylor Swift fosse incluída no inquérito já aberto para apurar a venda de ingressos da turnê do RBD, mas o promotor Cesar Ricardo Martins decidiu abrir uma investigação separada para o show da cantora americana.
O promotor determinou a abertura de um inquérito civil para apurar a venda no âmbito do direito do consumidor e encaminhou o procedimento à Promotoria de Justiça Criminal, solicitando que essa avalie a possibilidade de abrir uma investigação sobre diversas práticas, incluindo a associação criminosa de cambistas.
A empresa responsável pela venda de ingressos, Tickets for Fun, ainda não se pronunciou sobre a investigação.
O Procon-SP orientou os consumidores a registrarem suas reclamações no site do órgão e ressaltou a importância dessas queixas para ajudar na análise e busca de soluções, além de apoiar na mediação de conflitos.
A empresa organizadora dos shows terá um prazo para apresentar suas explicações e, quando necessário, adotar medidas para resolver os problemas de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
