Protesto em Hong Kong desafia proibição policial
Nas ruas, boa parte da população de Hong Kong fazia questão de pisar fotografias do presidente chinês, Xi Jinping
Foto: Reprodução
Nesta terça-feira (1°), milhares de pessoas, vestidas de preto, em 'luto' pela erosão das liberdades em Hong Kong, saíram às ruas apesar da proibição policial, de estradas bloqueadas e de estações de metropolitano fechadas, dificultando o acesso ao centro da cidade.
Esse grande protesto agendado para o dia nacional da China tinha sido proibido pelas autoridades, mas tal como sucedeu no fim de semana anterior, em que se assinalou o quinto aniversário do movimento de desobediência civil Occupy Central, a mobilização foi maciça.
Nas ruas, boa parte da população de Hong Kong fazia questão de pisar fotografias do presidente chinês, Xi Jinping, e da chefa de Governo de Hong Kong, Carrie Lam, que tinham sido estrategicamente coladas ao longo da estrada.
A última parada da multidão, que empunha dezenas de bandeiras, incluindo a de Portugal, foi na estação de metro de Wan Chai, uma das 11 encerradas esta manhã e fortemente guardada pela polícia antimotim.
O Governo de Hong Kong retirou formalmente a polêmica da proposta de emendas à lei da extradição, na base da contestação social desde o início de junho. Entretanto, os manifestantes continuam a exigir que o Governo responda a quatro outras reivindicações: a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial e, finalmente, a demissão da chefa de Governo e consequente eleição por sufrágio universal para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.