PSDB encerra três décadas de poder em SP sem liderança à vista
Partido foi marcado pela saída de grandes nomes e ainda deve sofrer mais perdas
Foto: Divulgação/PSDB
O PSDB encerrou no sábado (31) quase três décadas de poder em São Paulo, iniciadas com Mário Covas, sem uma liderança paulista forte e cada vez mais enfraquecido nas decisões nacionais. A vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pôs fim à era tucana à frente do governo estadual.
Após conseguir apenas 18,4% dos votos válidos em sua tentativa de reeleição e não chegar nem ao segundo turno, o futuro do atual governador, Rodrigo Garcia, ainda é incerto.
O PSDB já sofreu duas grandes perdas em 2022, com a saída do ex-governador João Doria da política e a ida do agora vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para o PSB.
Sobram no âmbito de São Paulo apenas dois nomes mais fortes: o já desgastado senador José Serra e a também senadora Mara Gabrilli, o nome que teria mais força para encabeçar uma renovação.
O problema, no entanto, é que Gabrilli pretende deixar a sigla. “Vejo como obscuro o futuro do partido. Nem mesmo eu tenho certeza se fico. O PSDB desrespeita os próprios tucanos, que não são ouvidos. Essa eleição foi muito injusta, vi muita gente perdendo a calma. E, nós, na eleição presidencial, não tivemos apoio”, disse ela à IstoÉ, em referência à sua candidatura a vice na chapa de Simone Tebet (MDB).
