‘Quando falamos de mulheres negras, falamos de uma dupla opressão’, diz Ireuda Silva
No mês da Consciência Negra, a vereadora destacou o racismo e machismo como violências cotidianas
Foto: Divulgação/CMS
No mês da Consciência Negra, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, destacou que as mulheres negras enfrentam uma batalha cotidiana contra duas formas de discriminação: o racismo e o machismo.
“Quando falamos de mulheres negras, falamos de uma dupla opressão. O racismo nos marginaliza, enquanto o machismo tenta silenciar nossas vozes. No entanto, apesar dessas barreiras, a mulher negra tem mostrado, ao longo da história, uma enorme capacidade de resistência e protagonismo”, pontuou a parlamentar.
Ireuda relembrou figuras históricas que foram pioneiras na luta contra a opressão, como Dandara, uma das lideranças do Quilombo dos Palmares, e a baiana Maria Felipa, que lutou na Independência da Bahia.
Para ela, essas mulheres, assim como tantas outras anônimas, representam a força e o espírito de luta que ainda inspiram as mulheres negras de hoje.
Ireuda chamou atenção ainda para dados que mostram que as mulheres negras no Brasil enfrentam desafios adicionais no mercado de trabalho, com salários menores, menos oportunidades e maior exposição a formas de violência.
“É importante lembrar que a mulher negra não é só a que sofre discriminação pelo fato de ser mulher, mas também pela cor da sua pele. É preciso que a sociedade brasileira reconheça essa realidade e promova políticas públicas que enfrentem essa desigualdade. Não podemos continuar ignorando que a opressão sobre a mulher negra é muito mais cruel”, concluiu.