Quantidade de empresas e trabalhadores no setor formal cresce 14,8% e quebra recordes na Bahia
Dados do IBGE mostram ainda que alta fez o estado voltar a ganhar participação na receita bruta dos serviços do Nordeste; veja números
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O setor de serviços na Bahia experimentou, entre 2021 e 2022, um crescimento tanto no número de empresas formais quanto no de trabalhadores. Os indicadores foram, ainda, os maiores já registrados para o estado nos últimos 16 anos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta quarta-feira (28).
Em 2022, atuavam na Bahia 57.209 empresas formais de serviços não financeiros, 14,8% a mais do que o verificado em 2021, o que representou mais 7.391 empresas de serviços no estado, de um ano para o outro. O avanço veio após a redução de 0,8% registrada na passagem de 2020 para 2021.
Ainda conforme o levantamento do IBGE, o setor de serviços no estado também registrou avanço nominal da receita bruta dos serviços, o que fez com que a Bahia voltasse a ganhar participação na receita bruta total do setor do Nordeste, após dois anos consecutivos de quedas.
Este foi o segundo maior aumento, tanto em termos absolutos (+7.391) quanto percentuais (+14,8%), nos 16 anos da série histórica do IBGE e levou o setor empresarial de serviços baiano ao seu tamanho recorde no período.
Trabalhadores
Entre 2021 e 2022, houve também o crescimento no número de pessoas trabalhando no setor de serviços baiano, que também atingiu o seu maior patamar no estado nos 16 anos da série.
Ao fim de 2022, o IBGE contou 580.819 pessoas ocupadas nas empresas formais de serviços baianos. O número representa uma diferença positiva de 6%, se comparado com 2021, quando havia 547.757 pessoas empregadas.
A diferença corresponde a mais 32.062 trabalhadores em um ano, representando, ainda, o segundo aumento anual consecutivo do pessoal ocupado no setor no estado.
Brasil
No Brasil como um todo, também houve crescimento no tamanho do setor de serviços. Em 2022, o número de empresas ativas do setor era de 1.639.630, uma diferença de 9,8% em comparação a 2021, quando a quantidade de empresas ativas era de 1.493.688. O resultado também representa um recorde nos 16 anos da série histórica.
Segundo o IBGE, das 27 unidades da Federação, 22 viram o setor se expandir no período. A Bahia ficou em sexto lugar no ranking de crescimento no número de empresas ativas no setor. São Paulo (+71.661), Minas Gerais (+12.991) e Rio de Janeiro (+10.609) tiveram os saldos mais positivos, enquanto Paraná (-1.022), Rondônia (-537) e Tocantins (-170) registraram as quedas absolutas mais profundas.
No país como um todo, também cresceu o número de pessoas trabalhando no setor empresarial formal de serviços, de 13,403 milhões para 14,203 milhões de pessoas ocupadas, entre 2021 e 2022 (+5,8% ou +773.130 trabalhadores).
Só 2 das 27 unidades da Federação tiveram diminuições no número de trabalhadores nos serviços, entre 2021 e 2022: Espírito Santo (-4.450) e Santa Catarina (-2.434). Por outro lado, os maiores avanços absolutos ocorreram em São Paulo (+273.102), Minas Gerais (+86.808) e Goiás (+68.036). A Bahia teve o 8º maior aumento.
A Bahia manteve, assim, em 2022, o 7º maior número de pessoas empregadas nas empresas formais do setor de serviços, entre os estados, sustentando a liderança do Norte-Nordeste. São Paulo (5,023 milhões de pessoas ocupadas), Minas Gerais (1,392 milhões) e Rio de Janeiro (1,344 milhões) têm os maiores contingentes.