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Quase 1 bilhão de pessoas com deficiência não têm acesso a assistência, diz relatório

O índice de necessidade de produtos assistidos pode chegar a 3%

Por Da Redação
Ás

Quase 1 bilhão de pessoas com deficiência não têm acesso a assistência, diz relatório

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quase 1 bilhão de pessoas no mundo com deficiência não possuem assistência, principalmente em países de baixa e média renda, onde o índice de necessidade de equipamentos, como cadeira de rodas ou aparelhos auditivos, pode chegar a 3%. Os dados são do relatório publicado nessa segunda-feira (16) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O Relatório Global sobre Tecnologia Assistiva apresenta evidências inéditas sobre a necessidade e o acesso a produtos assistivos. O documento divulgado fornece diversas recomendações para expandir a disponibilidade e o acesso de políticas de inclusão para melhorar a vida das pessoas. 

“A tecnologia assistiva é uma mudança de vida. Ela abre as portas para a educação de crianças com deficiência, emprego e interação social para adultos que vivem com deficiência e uma vida independente e digna para os idosos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em comunicado.

O pedido feito pela OMS e Unicef é que os países ampliem o financiamento e priorizem o acesso à tecnologia assistiva. “Quase 240 milhões de crianças têm deficiências. Negar às crianças o direito aos produtos de que precisam para prosperar não prejudica apenas as crianças individualmente, mas priva as famílias e suas comunidades de tudo o que poderiam contribuir se suas necessidades fossem atendidas”, disse a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell.

Entre as recomendações feitas estão:

Melhorar o acesso aos sistemas de educação, saúde e assistência social
Garantir a disponibilidade, segurança, eficácia e acessibilidade dos produtos assistivos
Ampliar, diversificar e melhorar a capacidade da força de trabalho
Envolver ativamente os usuários de tecnologia assistiva e suas famílias
Aumentar a conscientização pública e combater o estigma
Investir em dados e política baseada em evidências
Investir em pesquisa, inovação e um ecossistema facilitador
Desenvolver e investir em ambientes favoráveis
Incluir tecnologia assistiva nas respostas humanitárias
Fornecer assistência técnica e econômica por meio da cooperação internacional para apoiar os esforços nacionais

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