Quatro em cada dez professores da rede pública têm formação inadequada no Brasil, revela TCU
Meta do Ministério da Educação de formação adequada para todos os professores até 2024 está longe de ser atingida
Foto: Reprodução/Sedu/Governo do ES
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que quatro em cada dez professores do ensino básico da rede pública no Brasil têm formação inadequada. Isso significa que, em média, 37,4% dos professores que dão aula para crianças e adolescentes ainda não possuem ensino superior adequado às suas áreas de conhecimento.
A situação está em desacordo com a meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), que previa que até 2024 todos os professores da educação básica da rede pública estariam com a formação adequada.
A situação se apresentava pior em 2013, quando 49,5% dos professores não estavam devidamente formados. "Apesar do crescimento, estes percentuais estão bastante defasados em relação à meta [para 2024] de 100% [de formados] em todas as etapas da educação básica", destaca o TCU.
Os programas criados pelo governo para a formação de professores têm enfrentado dificuldades. O Pril, voltado ao aperfeiçoamento de currículos, enfrenta baixa adesão das universidades, que alegam que o programa interfere em sua autonomia. Já o Parfor, que oferece cursos de licenciatura na área em que os professores já atuam, sofreu redução de verba e tem dificuldades com a alta rotatividade de professores temporários.
O TCU também criticou a falta de articulação do governo, apontando que a falta de interação entre os órgãos do MEC, secretarias de educação e universidades gera conflitos de atuação, prejudicando os resultados.
