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Quatro servidores são afastados em investigação de fuga no presídio federal

Servidores chefiavam plantão e não teriam fiscalizado o processo de vistoria nas celas

Por FolhaPress
Ás

Atualizado
Quatro servidores são afastados em investigação de fuga no presídio federal

Foto: José Aldenir

Quatro servidores que atuam no presídio federal de Mossoró (RN) foram afastados de seus cargos por 30 dias, em decorrência do avanço das investigações sobre a fuga de dois detentos em fevereiro do ano passado.

A decisão da corregedoria da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) foi tomada no dia 31 de janeiro. Ainda cabe recurso aos envolvidos antes de o afastamento ocorrer de fato.

Todos eram chefes de plantão. Eles não teriam fiscalizado se os procedimentos de revistas nas celas dos detentos estavam sendo feitos.

Em nota, o Ministério da Justiça confirmou os afastamentos, afirmando que foram instaurados três processos administrativos (PAD), relacionados a dez servidores.

"Na primeira IPS [investigação preliminar sumária], a Corregedoria da Senappen formalizou Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com 17 servidores. Eles se comprometeram a adotar uma série de medidas, incluindo a obrigação de não reincidir nas mesmas infrações e a participação em cursos de reciclagem", afirma o texto.

"Dois dos PADs já foram concluídos. No primeiro, foram aplicados dois TACs. No segundo, quatro servidores foram suspensos pelo prazo de 30 dias. O terceiro PAD ainda está na fase de instrução, e há, ainda, uma IPS em andamento", completa.

Como revelou a Folha, os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ficaram ao menos 30 dias sem revista nas celas.

A informação consta em uma apuração preliminar realizada pela corregedoria do órgão, que aponta que a fuga foi resultado de diversas falhas de procedimentos.

De acordo com a investigação, a falha principal foi a ausência de revistas nas celas por um período mínimo de 30 dias, quando, conforme os procedimentos adequados, deveria ocorrer diariamente. Isso resultou na incapacidade dos servidores de detectar o buraco que os presos estavam fazendo na luminária.

Relembre o caso
Agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal prenderam os dois fugitivos no início de abril do ano passado, 50 dias após a fuga.

Segundo Ministério da Justiça, os dois foram presos em uma rodovia perto de Marabá (PA), a cerca de 1.600 km do local da fuga pelo trajeto mais rápido de carro entre os dois municípios (1.300 km em linha reta).

A fuga ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro e expôs o governo de Lula (PT) a uma crise em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.

Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, foram presos com mais quatro pessoas, em três carros, numa ponte sobre o rio Tocantins.

"Estavam num comboio do crime", declarou na época o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em entrevista coletiva. "Eles, obviamente, foram coadjuvados por criminosos externos. Tiveram auxílios de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam", disse.

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