Queda de G. Dias, Lucas Terra e ataque em creche; veja retrospectiva de abril

O ano de 2023 foi marcado por tensões políticas no Brasil e no mundo, operações policiais que causaram diversas mortes e repercutiram no país, mudanças climáticas, guerras e terremotos que destruíram cidades. 

Confira os principais acontecimentos em abril:

Brasil 

Queda de G.Dias 

No dia 19 de abril, o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo e colocou o posto à disposição, após vídeos de câmeras de segurança terem comprovado a presença dele no Palácio do Planalto durante as invasões de 8 de janeiro.

No vídeo, o general aparece caminhando sozinho no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete. Após alguns minutos, o ministro caminha pelo mesmo corredor com alguns invasores, o que sugere que ele indica a saída de emergência ao grupo de manifestantes. Na sequência também aparecem outros integrantes do GSI, que parecem indicar também o caminho de saída para os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.

O general Marcos Amaro assumiu a vaga deixada por Gonçalves Dias. Após a finalização da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 janeiro, G. Dias não foi responsabilizado pelo ocorrido. 

Quatro crianças são mortas em ataque a creche em Blumenau

Um homem de 25 anos invadiu uma creche em Blumenau, em Santa Catarina, e matou quatro crianças - três meninos e uma menina - com uma machadinha. Ao menos outras quatro ficaram feridas, uma delas em estado grave. O crime aconteceu no dia 5 de abril. 

Para entrar no Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, o homem pulou o muro. Ao acessar o local, ele atingiu as crianças na cabeça, aparentemente de forma aleatória. As vítimas tinham entre 5 e 7 anos. Após o ataque, o criminoso pulou novamente o muro e fugiu em uma moto. Logo depois, no entanto, ele foi preso. 

Mundo 

Líder da Coreia do Norte ordena lançamento do primeiro satélite espião do país

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o país concluiu a construção do primeiro satélite espião militar, e deu sinal verde para o lançamento, no dia 19 de abril.  Ele deu instruções para "garantir que o primeiro satélite de reconhecimento militar, concluído em abril, seja lançado dentro do cronograma". 

O anúncio da conclusão e lançamento ocorreu uma semana depois de Pyongyang, capital do país, assumir a responsabilidade de disparar um novo míssil balístico intercontinental de combustível sólido em seu programa de armas proibidas. Para Kim Jong-un, obter a tecnologia era "uma tarefa prioritária a ser concluída de forma indispensável" diante do que vê como ameaças e agressões dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. 

Apesar de ter feito o anúncio e ter causado murmurinhos entre os líderes do Japão, Estados Unidos, Rússia e Coreia do Sul, o lançamento não foi confirmado. 

Bahia 

Dois turistas romenos foram agredidos no Pelourinho, em Salvador, no dia 22 de abril. De acordo com informações da Polícia Civil, as agressões aconteceram durante uma tentativa de assalto. Na ocasião, as vítimas teriam reagido. Imagens gravadas logo depois do crime mostram os homens com sangue nas mãos e no rosto, na Rua Inácio Acciole. Moradores que passavam pelo local conseguiram prestar socorro aos romenos. Eles foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para um hospital particular da capital baiana.

Os suspeitos, segundo a polícia, fugiram e não foram encontrados. A queixa foi registrada na Delegacia de Proteção ao Turista, que fica no Largo do Cruzeiro de São Francisco, a 140 metros da rua onde o crime aconteceu. Nas redes sociais, o caso causou grande repercussão e revolta. Uma internauta questionou: “Até quando vamos ficar reféns da violência? Onde estão as autoridades que permitem que o crime esteja sempre vencendo o bem?”.

Salvador 

Caso Lucas Terra: pastores da Igreja Universal são condenados a 21 anos de prisão

No dia 27 de abril, os pastores Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda foram condenados a 21 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do adolescente Lucas Vargas Terra, de 14 anos, em março de 2001. A sentença foi dada pela juíza Andréia Sarmento. 

Após 22 anos de espera, os dirigentes da Igreja Universal foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Os três agravantes para o homicídio são: o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima.

Lucas Terra era frequentador da Igreja Universal do Reino de Deus no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, e foi encontrado morto, com o corpo carbonizado, em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, no ano de 2001. 

Imagens

Lula Marques/Agência Brasil 

Reprodução/Redes Sociais 

EPA/KCNA

Reprodução/Redes Sociais

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