Queda nas coberturas vacinais

Por Editorial
Ás

Queda nas coberturas vacinais

Foto: Divulgação

As recentes campanhas de vacinação até surtiram efeito, mas não foram suficientes para atingir as metas de imunização consideradas ideais pelo Ministério da Saúde. A prorrogação da campanha contra a gripe em alguns estados, inclusive na Bahia, é um indicativo.

Apesar das muitas possíveis respostas à baixa adesão da população, é pertinente prever que, quando se trata de crianças, o ritmo frenético de trabalho das mães no Brasil, cada vez mais atarefadas e inseridas no mercado, às vezes não dá brecha e tempo para levar os filhos para serem vacinados no horário comercial em que funcionam os postos de saúde.

Fora do Dia D da vacinação, em um determinado sábado durante o período da campanha, jamais se cogita estender os horários destes postos durante a semana, mesmo porque isso encadearia um emaranhado de questões complexas, caras e, lamentavelmente, inviável à realidade brasileira de governos com orçamentos mínimos, inclusive para um setor tão importante como o da saúde pública.

Mas a baixa adesão à vacinação é também rescaldo de um fenômeno moderno, compactuado por muitas pessoas ao redor do globo: são as adeptas ao discurso antivacina, principalmente pais e mães que rejeitam a eficácia para conter surtos e epidemias, ao mesmo tempo em que criticam o método, numa aversão meio “teoria da conspiração”, meio descrença, mesmo, na medicina oferecida em doses.

Mais do que se atingir a meta, é preciso sensibilidade para combater a baixa incidência das pessoas às campanhas, com abordagens mais ousadas e diretas do que estas conservadoras e engessadas como de ano em ano, o governo aposta.

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