Queiroga afirma que novo contrato com Butantan depende de registro definitivo da CoronaVac
Acordo que previa envio de 100 milhões de doses foi encerrado em setembro
Foto: Antonio Ferreira/TV TEM
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (05), que a assinatura de um novo contrato com o Instituto Butantan para aquisição de vacinas contra a Covid-19 depende de um registro definitivo do imunizante CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dos quatro imunizantes utilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), apenas a Pfizer/BioNTech e a Oxford/AstraZeneca já têm registro definitivo na Anvisa. A Janssen/Johnson&Johnson e a CoronaVac possuem autorização apenas para uso emergencial.
“Tínhamos uma emergência sanitária, essas vacinas foram feitas em tempo recorde e a Anvisa deu registro emergencial, não só à CoronaVac, à Janssen também. Se quer entrar no calendário nacional vai ter que solicitar o registro definitivo”, disse. “Uma vez a Anvisa concedendo o registro definitivo, o Minsitério da Saúde considera essa ou qualquer outra vacina para fazer parte do PNI”, afirmou Queiroga à jornalistas.
Além disso, o ministro defendeu que quanto mais imunizantes houver em oferta, mais a queda dos preços é garantida.
“Se o preço cai é melhor porque consigo usar esse recursos, por exemplo, para atender pessoas que têm síndrome pós-covid. Também preciso manter leitos de UTI habilitados para 2022. Temos dificuldades orçamentárias, não é surpresa para ninguém, e temos que vencer juntos”, disse.
Aos jornalistas, Queiroga informou que o corpo técnico do Ministério da Saúde já está planejando a campanha de vacinação contra a Covid-19 em 2022 e comentou sobre os impactos da campanha de vacinação para um cenário epidemiológico com menos internações e mortes pela Covid-19.
“Temos queda no número de óbitos de maneira sustentada, apesar de aumento de casos, que se deve à maior abertura que tem da economia, mas isso não tem correspondido em aumento expressivo de internações”, afirmou.