“Queiroz não estava foragido porque não era procurado”
Ex-advogado de Flávio Bolsonaro fala sobre o caso Queiroz
Foto: Reprodução
O advogado Frederick Wassef em entrevista à CNN na noite deste domingo, 21, afirmou que Fabrício Queiroz, encontrado semana passada na casa do advogado localizada em Atibaia, São Paulo, não estava em sua residência há um ano, como foi divulgado na mídia e que estava lá para fazer um tratamento em Bragança Paulista, cidade localizada a 10 minutos de distância do local onde ele foi preso.
Na entrevista, Wassef começou afirmando que não poderia explicar “com clareza” porque Fabrício Queiroz estava em sua casa quando foi preso: “Neste momento eu não posso dar detalhes sobre o que Fabrício Queiroz estava fazendo na minha casa em Atibaia. Neste momento eu sou impedido por ética profissional e não posso antecipar estratégias em entrevista de televisão porque não tenho como falar deste fato isolado sem trazer a baila todo contexto da situação. No momento oportuno, eu mesmo falarei com detalhes. Mas vou dar algumas explicações aqui sobre outros detalhes desta operação.”
O advogado, quando questionado sobre a quanto tempo Queiroz estava na sua casa, respondeu que havia poucos dias e que o caso era um fato isolado: “O que eu sei é que Fabrício Queiroz estava no Rio de Janeiro e o fato dele ter sido preso dentro de uma propriedade minha se transformou em várias versões terríveis e mentirosas, tipo: “Queiroz reside lá a mais de uma ano”, “Eu estava escondendo Queiroz” e outras mentiras. A verdade é que nem sei exatamente quantos dias Queiroz estava lá porque eu não falo com Fabrício Queiroz, eu não tenho telefone ou mandei mensagem pra ele. Eu não sei da vida de Queiroz, não sou casado com ele. Agora, antes das investigações, ele estava no Rio de Janeiro, quando pegarem o celular dele, pela geolocalização, vão poder constatar que ele não estava há um ano na minha casa. E vão saber que ele não estava em Atibaia e nem que eu não podia saber que ele estava lá. Essa ida dele lá, eu não sei explicar que dia ele chegou nem que dia ele saiu.”
Mostrando o processo da justiça, Wassef continuou com suas afirmações sobre o caso Queiroz: “Do dia que começou a investigação, desde 2018, até a presente data, Fabrício Queiroz é um cidadão como outro qualquer. Não é indiciado, não é denunciado, não é réu em ação penal. Portanto, não há que se falar em crime de obstrução de justiça ou de que ele estava “foragido”. Ele não pode ser considerado “escondido” porque ele nunca esteve ‘procurado”. Nunca houve uma prisão decretada, ele sequer era procurado ou sequer foi solicitada a presença dele no MP. Ele não era nem testemunha. Ele é uma pessoa que, apesar de estar com a prisão decretada, ele nem denunciado é. Ele é investigado e todas as vezes que o MP, de forma atípica e veloz como nunca visto antes, intimou o Queiroz, ele nunca deixou de ir. As vezes que ele não foi, foram justificadas por provas de que ele estava em procedimentos médicos com documentos fartos e robustos de que ele tinha um câncer. Ele foi internado, ele foi operado.”, concluiu