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Rafael Nadal diz que não se vê mais na liderança do ranking mundial

"Acho que o tempo passou para mim, infelizmente", destaca o tenista espanhol

Por Da Redação
Ás

Rafael Nadal diz que não se vê mais na liderança do ranking mundial

Foto: Reprodução/G1

O tenista espanhol, Rafael Nadal, quinto do ranking mundial, disse que descarta a hipótese de retornar a liderança, na qual não figura desde janeiro de 2020, por conta dos seus problemas físicos. Ele também ressaltou que não se ver mais como número 1. 

"Acho que o tempo passou para mim, infelizmente. De alguma forma, meus problemas físicos me impedem de terminar mais um ano na carreira como número um", disse Nadal em coletiva após passar sem sustos pelo americano Denis Kudla, por 6/3 e 6/2, na estreia no ATP de Acapulco, no México.

"Por algum tempo eu senti que estava pronto para ser o número um, mas meu físico não me permitia. Hoje meus objetivos são outros, não vou perseguir esse objetivo de qualquer forma, acho que seria um erro persegui-lo", admitiu o espanhol. "Jogo muito pouco há anos", completou,

Invicto em 2022 e recém-campeão do Aberto da Austrália, Nadal revelou que vem sendo seletivo com os torneios a disputar justamente por causa dos problemas e da idade. Ele está com 35 anos e já não consegue repetir o mesmo desempenho ao longo do ano todo.

"Me perguntam se vou reduzir mais o calendário e digo que se eu reduzir ainda mais, deixo de ser tenista. Essa é a realidade porque jogo muito pouco há anos e no final o que fazemos é jogar tênis e, se possível, tento jogar onde me apetece, onde gosto. Neste momento da minha carreira, este (ATP de Acapulco) é um dos lugares onde historicamente tive bons sentimentos."

Em busca de igualar o recorde de conquistas em Acapulco - soma três diante de quatro do austríaco Thomas Muster e do compatriota David Ferrer -, Nadal enfrenta Stefan Koslov nas oitavas de final nesta quarta-feira. Ele diz que não se sente pressionado pelo título, apesar de ser o favorito da torcida e até de alguns tenistas na disputa do torneio.

"Neste momento, não mais. Estou com quase 36 anos, competindo há muitos anos e garanto que não há nada externo que me pressione mais do que minha auto-exigência. Me produz satisfação, felicidade, e sentir o amor das pessoas é a única coisa que me ajuda a jogar melhor e a ser melhor."

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