Reconstrução de imóveis destruídos no RS deve demorar um ano e meio, diz Casa Civil

Brasília -- A secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, afirmou, nesta quarta-feira (29), que a reconstrução de imóveis destruídos pelos alagamentos no Rio Grande do Sul deve levar cerca de um ano e meio. Além disso, a secretária explicou que o Governo Federal também pretende adquirir casas para destinar a pessoas afetadas pela tragédia. 

“Construir uma casa não é um processo de hoje para amanhã. Por isso, nós estamos juntando imóveis que já estão, sejam usados ou novos, no mercado imobiliário do Rio Grande do Sul para disponibilizar, já fazer, digamos, o encontro entre quem perdeu e quem tem imóvel. Então, o governo federal irá adquirir esses imóveis para poder destinar, que é um jeito mais rápido de já fazer um atendimento para quem ficou fora de casa. Mas uma parte disso vai ter que ser construída e, claro, vai demorar um tempo de um ano, um ano e meio,” afirmou.

Miriam ressaltou ainda que, inicialmente, está sendo feito junto às prefeituras das cidades gaúchas um balanço do que foi destruído, e que métodos de construção diferentes estão sendo estudados para acelerar o processo de reconstrução das estruturas.  

“Nós já estamos fazendo junto com o Estado e com os municípios o diagnóstico do que foi destruído [...] Estamos tentando alternativas de metodologia de construção diferentes para tentar acelerar esse processo ao máximo,” explicou. 

Segundo o boletim mais recente da Defesa Civil, cerca de 629,2 mil pessoas estão fora de casa no Rio Grande do Sul, somando quem está em abrigos e quem está desalojado, ou seja, está na casa de parentes ou amigos. Ao todo, 471 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pela tragédia climática que atinge o estado. 

Pacote de medidas para o RS

Nesta quarta-feira (29), o governo federal anunciou uma série de medidas financeiras para reconstrução do Rio Grande do Sul, disponibilizando R$ 15 bilhões em três linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Os recursos para este financiamento virão do Fundo Social para as seguintes linhas: compra de máquinas, equipamentos e serviços; financiamento a empreendimentos; e capital de giro emergencial.

O governo também anunciou, via Ministério da Fazenda, a ampliação do acesso ao crédito rural, com aporte de R$ 600 milhões ao Fundo Garantidor. Também incluirá cooperativas de crédito como operadoras do Pronampe, por meio de uma medida provisória, que ainda será enviada ao Congresso.