Redução de preço do gás de cozinha feito pela Petrobras ainda não chegou ao consumidor

A Petrobras determinou no dia 8 de abril a redução de 5,58% (R$ 0,25 por quilo) no preço do gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras. Três semanas depois, a queda ainda não chegou para o consumidor final. É o que apontam dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o último boletim, o valor do botijão de 13Kg continua em R$ 113,50.

Na análise do economista Alberto Ajzental, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a diminuição do preço não deve ocorrer por causa da competição apresentada pela indústria.

“Na teoria, o distribuidor repassaria toda a queda de custo que teve, mas, na prática, sabemos que não é assim. Quando se fala em aumento e queda de preço, a subida sempre será quase que imediata. Para ter a queda no valor, o varejista quer ver se consegue ganhar um pouco de margem, então não deixa cair de imediato. Ele olha para a concorrência primeiro para ver se reduz o custo. Isso é normal no mercado. O que faz o movimento nos preços é a competição dos distribuidores”, disse o economista, à CNN.

Contudo, ele chegou a projetar que a redução apresentada pela Petrobras pouparia de R$ 3 a R$ 6,50 no bolso do consumidor, em relação ao que estava sendo pago nos últimos meses. Vale lembrar que no dia 11 de março, a Petrobras havia anunciado um aumento de cerca de R$ 8 no preço do gás de cozinha para as distribuidoras, passando de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

Na semana seguinte, o levantamento de preços da ANP verificou um aumento de mais de R$ 10 no valor médio do botijão no país.