Refinaria privatizada deixa navios sem combustível na Bahia
Embarcações que navegam pela Baía de Todos os Santos precisam agora abastecer em outros portos
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A Acelen, empresa que comprou da Petrobras a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), em São Francisco do Conde, na Bahia, parou de abastecer navios que passam pelo Porto de Salvador. O desabastecimento começou desde que assumiu o controle da antiga planta estatal, em 1º de dezembro.
Assim, embarcações que navegam pela Baía de Todos os Santos precisam agora abastecer em outros portos.
De acordo com o Sindicato das Agências de Navegação do Estado da Bahia (Sindinave), cerca de 220 embarcações passam pelo Porto de Salvador por mês. Dessas, cerca de 40 aproveitavam a parada ali para abastecer seus tanques.
A Rlam, junto com os dutos e o próprio Temadre, foi comprada pelo Mudabala Capital em março do ano passado por 1,65 bilhão de dólares, cerca de R$ 8,25 bilhões à época.
Por meio de nota, a Acelen informou que com as mudanças da privatização não conseguiu continuar abastecendo navios como a estatal fazia. “Os ativos logísticos necessários para a comercialização do Bunker Oil [óleo combustível] ao mercado local não fizeram parte da compra da refinaria”, justificou.
A empresa informou também que “empenha todos os esforços para montar, o quanto antes, a infraestrutura necessária para a prestação do serviço, ainda no primeiro trimestre deste ano”.