Refugiados e migrantes têm baixa qualidade de saúde, revela OMS
O documento mostra que essas pessoas também sofrem com a falta de educação, renda, moradia e acesso a serviços
Foto: OIM Brasil/Amanda Nero
Milhões de refugiados e migrantes apresentam piores condições de saúde do que os habitantes das suas comunidades de origem, principalmente nos países onde as condições de vida e de trabalho são precárias, afirma um relatório inédito da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quarta-feira (20).
Diante do impacto na qualidade da vida dessas pessoas, a OMS emitiu um alerta sobre as consequências do não cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados à saúde para essas populações.
“Hoje há cerca de um bilhão de migrantes em todo o mundo, uma em cada oito pessoas. A experiência da migração é um determinante-chave da saúde e do bem-estar, e refugiados e migrantes permanecem entre os membros mais vulneráveis e negligenciados de muitas sociedades”, diz o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Como destaca Adhanom, o relatório realiza uma revisão global das condições de saúde de refugiados e migrantes. “[O relatório] exige uma ação urgente e coletiva para garantir que eles possam acessar serviços de saúde que sejam sensíveis às suas necessidades. Também mostra a necessidade urgente de abordar as causas profundas dos problemas de saúde e reorientar radicalmente os sistemas de saúde para responder a um mundo cada vez mais em movimento”.
O documento, criado a partir de uma revisão da literatura científica de todo o mundo, mostra que essas pessoas também sofrem com a falta de educação, renda, moradia, acesso a serviços, agravados por barreiras linguísticas, culturais e legais.