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Reino Unido autoriza extradição de Julian Assange aos EUA

Defesa do fundador do WikiLeaks tem 14 dias para recorrer da decisão

Por Da Redação
Ás

Reino Unido autoriza extradição de Julian Assange aos EUA

Foto: Reprodução/Youtube

O governo britânico autorizou nesta sexta-feira (17) a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os Estados Unidos para responder por acusações de espionagem. Com a decisão, a defesa de Assange tem 14 dias para recorrer, segundo o Ministério do Interior britânico.

Preso desde 2019, Assange passou 7 anos foragido ao buscar asilo político na Embaixada do Equador. Segundo a defesa dele, ele contava com “alto risco de morrer” em razão das restrições que viveria sob custódia dos EUA.

Em comunicado, o Ministério do Interior britânico informou que “os tribunais do Reino Unido não consideraram que seria opressivo, injusto ou um abuso de processo extraditar Assange. Tampouco acreditam que a extradição seria incompatível com direitos humanos, incluindo seu direito a um julgamento justo e à liberdade de expressão, e que enquanto estiver nos EUA ele será tratado adequadamente, inclusive em relação à sua saúde”.

Priti Patel, a secretária do Interior britânica, assinou a ordem de extradição. Segundo a pasta, Assange “só será entregue ao Estado requerente quando todas as vias de contestação legal estiverem esgotadas”.

Antes de sua extradição, Assange poderia recorrer ao mais alto tribunal do Reino Unido ou ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos. Assim, cada tribunal teria que concordar em ouvir o recurso da defesa do fundador do WikiLeaks.

Assange foi indiciado em 18 acusações em tribunal norte-americano, entre elas conspiração e divulgação de informações de defesa nacional. Segundo os promotores, ele teria trabalhado junto a ex-soldado do Exército, Chelsea Manning, em 2010 para obter e publicar milhares de páginas de registros militares e telegramas diplomáticos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque.

Em janeiro de 2021, um juiz britânico suspendeu a extradição de Assange, considerando-o “um homem deprimido e às vezes desesperado, que está genuinamente com medo de seu futuro”. 

O caso

Julian Assange e o WikiLeaks se tornaram conhecidos em 2009, quando a plataforma publicou milhares de mensagens enviadas por pagers no dia 11 de setembro de 2001. Vídeos em que mostravam soldados americanos supostamente cometendo abusos no Iraque e a divulgação de milhares de documentos militares sobre o Afeganistão também foram publicados posteriormente.

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