Relatora da ONU reconhece indícios de agressões sexuais do Hamas contra israelenses
Relatório aponta que abusos aconteceram em, pelo menos, três locais diferentes
Foto: UN NEWS
Um relatório da representante especial para a Violência Sexual em Conflitos das Nações Unidas, Pramila Patten, indicou nesta segunda-feira (4), que há “motivos razoáveis” para acreditar que militantes do grupo palestinos Hamas cometeram “tortura sexualizada” e estupro nos ataques de 7 de outubro contra israelenses.
“Há motivos razoáveis para acreditar que a violência sexual relacionada com o conflito ocorreu durante os ataques de 7 de outubro em vários locais da periferia de Gaza, incluindo violação e violação em grupo, em pelo menos três locais”, escreveu em relatório inédito.
As conclusões foram fundamentadas em "informações claras e convincentes" de que algumas reféns foram submetidas ao crime. Durante o último e único cessar-fogo do conflito, de novembro a dezembro do ano passado, 105 pessoas que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza foram libertadas.
O relatório indicou ainda que, em diferentes locais do enclave palestino, foram recuperados "vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo – a maioria de mulheres – com as mãos amarradas e baleados várias vezes, muitas vezes na cabeça", o que sugere um padrão de abuso.
Patten ponderou que as provas são circunstanciais, mas disse que acredita que seriam um “indicativo de algumas formas de violência sexual”.