Relatório afirma que a Apple proíbe gravação de termos políticos em produtos na China

A lista de palavras censuradas pela empresa no mercado chinês inclui mais de 1,1 mil termos

Por Da Redação
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Relatório afirma que a Apple proíbe gravação de termos políticos em produtos na China

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Um relatório do Citizen Lab, grupo de pesquisa da Universidade de Toronto (Canadá), divulgado na última quarta-feira (18), revela que a Apple possui um serviço que permite gravar palavras usando laser em produtos da marca, mas está proibindo que termos com cunho político sejam colocados em iPhones e outros dispositivos vendidos na China. 

Segundo a investigação, a lista de palavras censuradas pela Maçã no mercado chinês inclui mais de 1,1 mil termos. Entre eles, há expressões relacionadas à democracia, religião e direitos humanos, além de referências ao governo, sistema político, nomes de dissidentes e organizações de imprensa independentes.

O levantamento aponta ainda que “parte da censura política da Apple na China continental atinge Hong Kong e Taiwan”. De acordo com a entidade, grande parte desse bloqueio de conteúdos excede as obrigações legais da marca em Hong Kong, enquanto em Taiwan não há qualquer justificativa para isso acontecer.

O relatório canadense também destaca haver evidências de que a Apple desconhece alguns termos censurados, possivelmente tendo copiado listas de outras fontes. Um exemplo citado é a proibição da gravação a laser do sobrenome Zhang, aparentemente sem significado político.

“Respeito às leis e costumes locais”

Em comunicado enviado ao Citizen Lab, a chefe de privacidade da Apple Jane Horvath informou que a empresa tenta evitar gravações que representem violação de marca registrada e propriedade intelectual. Termos vulgares e que possam ser interpretados como incitação à violência também são proibidos.

Horvath disse ainda que para evitar problemas, a empresa leva em conta a legislação e os costumes dos locais onde o serviço de personalização é oferecido. Ela afirmou que essas decisões são revisadas “de vez em quando” e revelou não existir uma lista global de palavras censuradas.

Ainda conforme a porta-voz da Maçã, o recurso de gravação a laser foi criado para “adicionar nomes, iniciais, números de telefone ou emojis” aos dispositivos da marca.

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