Relatório da OCDE aponta falta de 'imparcialidade' de juiz e promotores na Lava Jato
Documento também relata 'preconceito político' nos casos que envolviam autoridades
Foto: Reprodução/CGU
Um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) afirmou que não houve imparcialidade por parte de um juiz e promotores envolvidos na Operação Lava Jato. O documento, publicado nesta quinta-feira (19), ressalta o "preconceito político" nos casos que envolviam autoridades.
Mensagens reveladas pela chamada "Vaza Jato" mostraram que "promotores federais e um juiz federal agiram com preconceito político em casos envolvendo diversas figuras políticas nacionais. Concluindo que o juiz violou o seu dever de imparcialidade".
"O Brasil precisa agir vigorosamente, abordar as questões de independência que surgiram e que podem dificultar a polícia e os procuradores à medida que investigarem ou processarem casos de suborno estrangeiro, bem como possíveis preconceitos políticos por parte de agentes responsáveis pela aplicação da lei em tais casos", diz o trecho.
Outro ponto abordado pela OCDE é a escolha do novo procurador-geral da República, bem como uma possível politização da PGR. A organização acredita que a escolha do novo titular do Ministério Público Federal "será um importante marcador da futura direção do Brasil".