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Saúde

Remédio contra câncer de pulmão agressivo dá 7 vezes mais sobrevida, revela estudos

Durante cinco anos de tratamento com lorlatonibe, 60% dos pacientes conseguiram parar a progressão dos tumores

Por Da Redação
Ás

Remédio contra câncer de pulmão agressivo dá 7 vezes mais sobrevida, revela estudos

Foto: Eduardo Gomes/ Fiocruz Amazônas

Segundo uma pesquisa apresentada nos Estados Unidos na sexta-feira (31). Ao adotar um medicamento novo, a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão agressivo pode ser multiplicada até por sete. Esta linha de tratamento para o câncer de pulmão foi divulgada durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, em inglês).

Durante cinco anos de tratamento com lorlatonibe, 60% dos pacientes conseguiram parar a progressão de seus tumores, efeito conseguido em apenas 8% do crizotinibe, tratamento apontado como o segundo melhor para tumores mais agressivos.

Já os resultados deixaram os oncologistas ainda mais animados por não serem observados indicativos de que o remédio havia parado de funcionar com os pacientes da pesquisa, ou seja, a sobrevida pode ser ainda maior.

O tratamento para o câncer de pulmão

O lorlatinibe já tem sido usado ao redor do mundo desde 2020, quando foi aprovado, mas não é considerado o tratamento padrão em quase nenhum caso, já que os médicos não tinham ainda números que mostrassem o impacto do tratamento em um estudo de longa duração.

Para o estudo, foram cerca de 296 pessoas com câncer de pulmão de células grandes e avançado, todos com uma mutação do gene ALK. Esta é uma forma agressiva da doença que muitas vezes causa metástase no cérebro.

Nenhum paciente que fez uso deste remédio teve avanço do câncer para o cérebro, como foram observados nos exames periódicos feitos a cada oito semanas. Desenvolvido pela Pfizer, o remédio tem um alto custo (R$ 30 mil a caixa), mas é celebrado pelos médicos por ser o melhor tratamento já pesquisado para um tumor de pulmão.

Além de benefício significativo na sobrevida, o remédio foi bem tolerado pela maioria dos pacientes: apenas 11% dos pacientes tiveram de deixar o tratamento por efeitos do imunoterápico.

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