Resort em ato com Carlos Lupi e jato para Lula foram pagos com verba pública, diz jornal
É o que aponta levantamento feito pelo Estadão

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil
Um levantamento feito pelo Estadão indica que os montantes do dinheiro público destinados para contas de partidos políticos brasileiros estão cada vez maiores. Verbas do Fundo Partidário, aporte anual do Tesouro para as siglas, estariam sendo utilizadas para bancar viagens luxuosas e "mimos" para dirigentes e líderes das legendas.
Com base nas prestações apresentadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) referentes ao ano de 2021, o levantamento indica que o PDT, por exemplo, teria desembolsado com dinheiro público cerca de R$ 30 mil para bancar a ida do presidente do partido, Carlos Lupi, e outros acompanhantes ao encontro Internacional Socialista, que foi realizado em um resort em Cancún.
Conforme consta no TSE, as siglas prestaram contas no ano passado de pelo menos R$ 18 milhões com hospedagens e passagens aéreas para seus dirigentes e filiados, além de R$ 3,1 milhões em despesas com jatinhos.
O Fundo Partidário do PT também teria sido usado com jatinhos para atender o ex-presidente Lula (PT), que é pré-candidato à Presidência da República. A legenda teria bancado cerca de R$ 699 mil com deslocamentos do petista e sua equipe.
Somente em maio, uma viagem para Brasília teria custado R$ 83 mil. Em agosto de 2021, durante passagens em cidades do Nordeste (Salvador, Recife, São Luís, Fortaleza e Natal) o PT teria utilizado R$ 498 mil de verba pública.
Do total de gastos com jatos informados ao TSE, R$ 2,1 milhões serviram às campanhas dos deputados Arthur Lira (Progressistas-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara. O tour de Lira passou por 27 cidades, percorridas em 31 voos de jatinho, pelo valor de R$ 1,1 milhão, em um Cessna, avaliado em US$ 7 milhões em valor de mercado.