Responsabilidade no debate dos Itinerários Formativos
Confira o editorial desta quinta-feira (12)
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Novos caminhos a serem percorridos sem a habitual pressão da dinâmica escolar e por meio de diretrizes que o próprio aluno determina na base. Esta a uma flexibilização curricular que está em análise no Ensino Médio, principalmente quando se debate a aplicação dos chamados Itinerários Formativos.
O Novo Ensino Médio sugere uma parte fixa, que é a Formação Geral Básica (FGB), organizados pelas áreas do conhecimento e contempla as habilidades e competências previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - compõe 60% da carga horária, com um máximo de 1.800 horas.
Já os Itinerários Formativos, entre ao menos cinco possibilidades e por meio de quatro eixos, são o conjunto de temáticas que poderão ser oferecidas aos estudantes por meio de projetos, oficinas e núcleos de estudo e que vão aprofundar e ampliar os conteúdos da Formação Geral Básica. Eles são compostos de unidades curriculares obrigatórias e eletivas e compõem 40% da carga horária, com mínimo de 1.200 horas.
A flexibilização do currículo escolar por meio dos Itinerários Formativos implica também na ampliação da carga horária de uma instituição. Isso gera um impacto importante na estrutura da escola, que precisa ocupar mais espaços e disponibilizar mais professores para garantir uma oferta maior aos alunos.
Sabendo que pessoas distintas possuem vidas e destinos distintos, os Itinerários Formativos são uma forma de personalização dos estudos para que se adequem às mais diversas realidades e objetivos.
E mesmo definido que a escolha por qual trilha seguir durante o Ensino Médio está a cargo dos alunos, é preciso ter o norte de que se trata de uma decisão que impacta pessoas muito jovens e, por isso, precisam de orientação para fazer suas escolhas. O debate é fundamental e a responsabilidade de como conduzi-la é primordial.