Restrição de voos no Santos Dumont deve provocar impacto anual de R$ 400 milhões à Infraero
Volume dos passageiros deve passar de 12 mil para 7 mil por ano
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A restrição de voos no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, deve levar a Infraero ao prejuízo. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) com a própria estatal aeroportuária mostram que é grande a chance de ela entrar no vermelho após o estabelecimento da medida.
Depois do aeroporto Congonhas, na capital paulista, passar por um leilão, e de outros 14 terminais para a iniciativa privada, a estatal passou a gerir um único aeroporto de sua antiga rede: o Santos Dumont, que agora conta com restrições como uma medida adotada para estimular a transferência de operações para o Galeão.
Segundo a CNN, com informações encaminhadas pela Infraero, o Santos Dumont teve um lucro operacional de R$ 218,7 milhões em 2022. Contudo, em ofício ao Ministério de Portos e Aeroportos, a estatal calculou uma perda de R$ 125 milhões por ano com uma redução em torno de 2 milhões de passageiros na movimentação do aeroporto central do Rio.
De acordo com o relatório da área técnica do tribunal, obtido pela reportagem, o impacto para a estatal será de R$ 400 milhões anuais porque as restrições devem levar o volume de passageiros de 12 milhões para 7 milhões por ano.
A Infraero destaca que a perda de receitas no Santos Dumont causou problemas na operação dos aeroportos regionais.
Autoridades buscam saída
Autoridades do setor aéreo buscam uma saída para que os voos entre o aeroporto Santos Dumont e Brasília, no Distrito Federal, tenham continuidade a partir de janeiro. A resolução original veta, a partir de 2 de janeiro, voos do aeroporto central do Rio de Janeiro para terminais internacionais, como Guarulhos (SP) e Confins (MG), além do Santos Dumont-Vitória (ES) e Brasília.