Resumo da resenha do Buzão Soteropolitano
Foto: Secom
O Farol da Bahia produziu nos últimos dias várias matérias sobre o transporte urbano por ônibus em Salvador. A constatação feita aponta para uma crise contínua, na qual os "protagonistas" envolvidos não se encontram nada confortáveis. Os usuários questionam a qualidade e o preço da tarifa: serviço ruim, tarifa caríssima.
Os empregados rodoviários reclamam das condições de trabalho: precisa se averiguar até que ponto as queixas são reais e fazer com que os funcionários tenham dignidade para trabalhar.
As empresas concessionárias , ainda que timidamente, porque reclamam do modelo de concessão institucionalizado para o transporte por ônibus e de uma injusta distribuição das tarifas divididas com o transporte metroviário, em razão da integração: no fim, operam - segundo os seus balanços e demonstrações financeiras - em constante prejuízo.
Por fim, o Município, que detém a obrigação constitucional de organizar e propiciar transporte urbano digno e com valor que não estrangule a população de baixa renda. A prefeitura conhece os problemas, deve sofrer de alguma forma, com as reclamações que recebe e os prejuízos a imagem do gestor municipal de plantão. O problema maior, tanto do ex quanto do atual prefeito de Salvador é que - ao invés de tomar providências - seguem a esperar que o Governo Federal venha em seu socorro. Governos se sucedem e a qualidade do transporte urbano em Salvador continua ruim e com preços absurdos. E caso Bruno Majestade tenha faltando a aulinha, vou relembrar: o transporte urbano é um direito social garantido constitucionalmente sendo induvidosa a sua qualificação como instrumento de desenvolvimento econômico, necessário para as atividades sociais, especialmente para uma cidade reconhecida como das que apresentam um dos piores índices de qualidade de vida entre as capitais brasileiras. Já é tempo de mudar esse quadro e a prefeitura assumir de preferência, com êxito - a função constitucional a que está obrigada.
Carvalhada 1: Vai ter greve?
Reclamando do baixo aumento dos salários, os rodoviários ameaçam entrar em greve. O fato é que as empresas de ônibus se encontram em dificuldades financeiras em razão do sistema implantado e, como já foi dito, atuam em prejuízo e não conseguem atender a totalidade das pretensões dos rodoviários.
Como disse um motorista na matéria já publicada, "o prefeito só quer saber da campanha", não cuida do assunto com a seriedade que deveria.
Até a hora que "der ruim" e a greve se mantiver por tempo suficiente para os eleitores lembrarem dela na hora da votação.