Retrospectiva na política baiana em 2019

Reeleito, o governador Rui Costa tomou posse do Palácio de Ondina no dia 1° de janeiro, como manda a tradição. No dia seguinte, Geraldo Jr. foi empossado como o novo presidente da Câmara Legislativa de Salvador.

Na ALBA, os deputados escolheram com 62 votos e o aval do governador Rui Costa, o deputado Nelson Leal (PP) para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

O vice-prefeito Bruno Reis (DEM) assume a Secretaria de Infraestrutura de Salvador. Uma das mais importantes do Executivo Municipal. Era o inicio da corrida pelo Thomé de Souza.

Em acordo firmado com os empresários de ônibus, o prefeito ACM Neto anunciou o aumento da passagem de ônibus de R$ 3,70 para R$ 4,00. A promessa, ajuizada com o MP-BA era o de uma contrapartida de mil novos veículos com ar-condicionado em até quatro anos na cidade. o todo, 250 novos veículos seriam climatizados ainda em 2019.

Docentes da rede estadual de ensino da Bahia entraram em greve em abril e denunciaram o sucateamento das instituições, principalmente após o corte de orçamento pelo Governo Federal.

A Câmara de Salvador aprovou o estatuto da igualdade racial e combate à intolerância religiosa. O gesto dos vereadores encerrou uma tramitação que se arrastava por 10 anos na casa.

O presidente Jair Bolsonaro veio a Bahia para participar da inauguração do Aeroporto de Vitória da Conquista. A participação do presidente exaltou os ânimos do governador da Bahia, Rui Costa. Bolsonaro acusou o petista não mandar a PM para fazer a sua segurança na chegada, já Rui chamou o governo de “caloteiro”, por dívidas com o Estado em obras públicas.

O polêmico Projeto de Lei que regulamenta os aplicativos de transporte foi aprovado em uma votação histórica na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da Câmara de Vereadores de Salvador, após sucessivos embates e manifestações do lado dos motoristas e também dos taxistas. O prefeito ACM Neto, no entanto, vetou 18 pontos do projeto. De volta a Câmara, os vereadores mantiveram os vetos do prefeito.

O deputado Soldado Prisco (PSC) tentou iniciar uma nova greve na Polícia Militar. Em meio ao movimento de paralisação de um grupo de policiais militares ligados à Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), foram registrados 17 homicídios em Salvador em apenas dois dias da suposta greve. A iniciativa foi interrompida pela ação da Justiça que interditou todas as suas sedes da associação para cumprimento de mandados de busca e apreensão em operação conjunta do Ministério Público da Bahia e SSP (Secretaria da Segurança Pública da Bahia).

A médica oftalmologista Kátia Vargas foi condenada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) a pagar R$ 600 mil à família dos jovens Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, 21 e 23 anos, mortos durante um acidente de trânsito no dia 11 de outubro de 2013, em Ondina. O pagamento for confirmado pelo TJ-BA e é referente a uma ação de indenização por danos morais, movida na 5ª Vara Cível e Comercial. Na decisão, assinada pelo juiz Joanísio de Matos Dantas Júnior, ficou determinado que Kátia Vargas pagará R$ 300 mil por cada morte. Além disso, em decisão tomada por desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a suspensão do júri que inocentou a médica Kátia Vargas foi anulada e a absolvição dela foi mantida.

A Operação Faroeste devastou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Juízes, desembargadores e advogados foram acusados de fazerem parte de um esquema de venda de sentenças em um processo de grilagem de terras do oeste baiano. De imediato, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram afastados o presidente da Corte, desembargador Gesivaldo Britto, as desembargadoras Maria da Graça Osório Pimentel Leal e Maria do Socorro Santiago além do desembargador Olegário Caldas. Também foram alvos de busca e apreensão três advogados e cinco pessoas foram presas.

Uma nova fase da Faroeste, chamada de Operação Jóias da Coroa, levou à cadeia a ex-presidente do TJ-BA Maria do Socorro. Ao todo, 15 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Condenado a 14 anos e dez meses de prisão, após a Polícia Federal encontrar o seu bunker no bairro da Graça, onde escondia R$ 51 milhões, Geddel Vieira Lima voltou a Salvador. Agora, para cumprir o restante da sua pena no Complexo Penal da Mata Escura.

Chegou ao fim a novela que envolvia a candidatura do presidente do Bahia, Guilherme Bellintani à prefeitura em 2020. Cobiçado pelos dois lados e apontado como um forte postulante à sucessão de ACM Neto, o mandatário tricolor anunciou nesta segunda-feira (30), que permanece como presidente do Bahia.