Reunião com o governo não tem acordo e servidores do Banco Central decidem intensificar greve
A categoria iniciou greve por tempo indeterminado na última sexta-feira (1)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A greve dos servidores do Banco Central (BC) continuará por tempo indeterminado. Foi o que afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, nesta terça-feira (5).
De acordo com o gestor, o governo não apresentou qualquer proposta oficial para a reestruturação da carreira e para aumentar os salários. A categoria reivindica reestruturação de carreira e recomposição salarial de 26,3%.
A categoria começou a fazer paralisações de quatro horas a partir do dia 17 de março e iniciou a greve por tempo indeterminado na última sexta-feira (1). "Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve", disse Faiad.
Segundo dados divulgados pelo Sinal, 60% dos servidores do BC estão em greve e 725 dos que têm função comissionada entregaram os cargos. As exonerações, entretanto, ainda não foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), segundo o sindicato, porque a diretoria do BC tentou "segurar" o movimento.
Para finalizar, Faiad afirmou que "o Pix e outras atividades do BC não se encontram dentro do escopo da lei dos serviços essenciais. Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o Pix e a distribuição de moedas e cédulas. E poderá interromper, parcial ou totalmente, a divulgação do boletim Focus e de diversas taxas, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro e da mesa de operações, o atendimento ao público e outras atividades".