Covid-19: um a cada cinco municípios pede cartão de vacinação nas escolas
Falta do documento não impede o acesso do estudante à escola
Foto: Agência Brasil
Dados de uma pesquisa feita pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) apontam que, no mínimo, um a cada cinco municípios brasileiros exigem cartão de vacinação das crianças nas escolas. O estudo, divulgado nesta terça-feira (5), mostra ainda que a maior parte das escolas retomou as aulas em 2022 de forma totalmente presencial.
O levantamento foi feito de 22 de fevereiro a 8 de março, com 3.372 secretarias municipais de educação. Ao todo, 1.248, o que equivale a 22% dos 5,5 mil municípios brasileiros, disseram exigir cartão de vacinação infantil. A falta do documento não impede o acesso do estudante à escola. Em 47% dessas cidades, a escola comunicará o Conselho Tutelar caso a criança não tenha sido vacinada contra a covid-19
"O movimento é de orientação, de conscientização. Depois de feitas iniciativas da escola, iniciativas da secretaria e não tem responsividade da família, informamos ao Conselho Tutelar que por sua vez inicia um processo de conscientização. É uma forma de reforçarmos o processo de conscientização e de garantia da saúde coletiva", disse o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia.
Além disso, a pesquisa mostra que 63% dos respondentes acreditam que há uma boa aceitação dos pais e responsáveis e procura pela vacinação infantil contra a Covid-19, enquanto 20% afirmaram que há certa resistência e baixa procura pela imunização. Em relação à vacinação dos profissionais de educação, 1.888 redes de ensino vão pedir a comprovação da vacinação. Entre esses municípios, 50% afirmam que os profissionais não vacinados ou com vacinação incompleta serão orientados sobre a importância da imunização; e 38% informam que o cartão está sendo pedido apenas para monitoramento.
O estudo foi realizado com apoio do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Itaú Social. Essa é a sétima fase da pesquisa, que teve a sua primeira edição no início da pandemia, em abril de 2020.