Rio Grande so Sul está em alerta para ciclone subtropical
A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Rio Grande do Sul está em alerta para a possível formação de um ciclone subtropical, com a previsão de causar tempestades e ventos intensos neste domingo (15) em parte do Rio Grande do Sul.
A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que alertou a região do litoral e interior do sul gaúcho, próximo ao Uruguai, com um alerta de grande perigo para chuvas intensas.
Os temporais, de acordo com o Inmte, podem mostrar um volume maior que 100 mm/dia, e com ventos maiores a 11km/h. O aviso de grande perigo iniciou na noite deste sábado (14) e tem prazo para se concluir ao meio-dia deste domingo.
As áreas mais atingidas podem ser o sul e leste gaúcho, afirma o instituto. “Grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, de queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário”. Na segunda-feira (16) o sistema deve se deslocar para alto-mar.
Trajetória do ciclone
A MetSul, site que também fornece medições e informações meteorológicas, alerta para o fato de o ciclone se deslocar pela terra, e não sobre mar. As instabilidades serão sentidas ao longo do dia, conforme o ciclone avançar pelo centro e leste do Estado, podendo atingir a capital Porto Alegre e região metropolitana, no período da tarde. “Quando o sistema alcançar a área de Porto Alegre, tende a estar mais fraco, mas ainda podem ocorrer algumas rajadas na segunda metade do domingo, apenas menos fortes que no Sul, Campanha e Centro do estado”, afirma Estael Sias, meteorologistas da MetSul.
As cidades com maior risco de vento forte a intenso incluem as que estão situadas ao sul de Pelotas e Rio Grande e da Campanha. Entre elas, estão:
- Santa Vitória do Palmar
- Chuí
- Arroio Grande
- Jaguarão
- Herval
- Aceguá
- Bagé
- Pedras Altas
- Pinheiro Machado
- Candiota
- Hulha Negra
- Piratini
- Caçapava do Sul
Um ciclone subtropical é um centro de baixo pressão atmosférica que se forma isoladamente sem estar associado a uma frente fria, diferente de um ciclone extratropical, que se desenvolve a partir das diferentes de temperatura entre massas de ar frio e quente.
Ademais, os ventos associados a este tipo de ciclone tendem a ter uma velocidade entre 63 km/h e 118 km/h.
“No Hemisfério Sul, o ar ao redor do centro de baixa pressão se movimenta no sentido horário. Próximo da superfície, o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor. Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas”, explica a Climatempo, em nota. “Mesmo que não ocorra efetivamente a formação e nomeação de um ciclone subtropical, a acentuada queda da pressão do ar na costa do Rio Grande do Sul estimula a formação de nuvens carregadas, com potencial para chuva forte, além de ventos fortes. O mar deve ficar agitado no fim de semana na costa da região Sul”, acrescentou o site.