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RJ: suspeito de participação na morte de advogado é nomeado para cargo na Alerj

Crime aconteceu na segunda (26) e acusado foi indicado na sexta (1°)

Por Da Redação
Ás

RJ: suspeito de participação na morte de advogado é nomeado para cargo na Alerj

Foto: Divulgação | Reprodução/Redes Sociais

Um homem suspeito de participar do assassinato de um advogado, no Rio de Janeiro, foi designado para um cargo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) quatro dias após o crime. A vítima, identificada como Rodrigo Marinho Crespo, morreu na última segunda-feira (26), e Eduardo Sobreira Moraes, um dos suspeitos, foi indicado para o cargo de assistente no Departamento de Patrimônio na sexta (1°). 

O salário líquido previsto para o cargo seria de R$ 2.029,37, equivalente à remuneração recebida por Cezar Daniel Mondego de Souza, que estava no departamento antes e foi exonerado, conforme publicado no Diário Oficial na sexta-feira (1º). 

A Alerj ainda não se pronunciou sobre a indicação do suspeito de assassinato para um cargo da instituição. 

Nesta segunda-feira (4), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação especial para localizar e prender os dois suspeitos de envolvimento na morte do advogado.

Um dos suspeitos é Leandro Machado da Silva, do 15º Batalhão da Polícia Militar, que já foi investigado e preso por envolvimento com uma milícia em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a polícia, ele teria coordenado o crime. Já Eduardo Sobreira Moraes é acusado de monitorar a vítima nos dias que antecederam o assassinato.

A Justiça emitiu dois mandados de prisão temporária contra eles, além de autorizar buscas e apreensões em endereços associados aos suspeitos.

O crime 

Rodrigo Marinho Crespo foi baleado ao sair do escritório onde trabalhava para comprar um lanche. Imagens de câmeras de segurança mostram que os disparos foram efetuados por um homem encapuzado que desembarcou de um carro branco. Os tiros continuaram mesmo após a vítima cair na calçada.

Ana Tereza Basilio, vice-presidente da OAB-RJ, declarou que o advogado trabalhava em processos "corriqueiros" e não atuava na área criminal. "Era um advogado conhecido, de um escritório renomado do Rio de Janeiro, aparentemente sem nenhum problema que pudesse justificar essa violência da qual foi vítima", afirmou Basilio ao UOL. 

A investigação indica que o crime foi uma execução, visto que nenhum pertence da vítima foi levado.

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