Rodrigo Maia diz que tese de parlamentarismo branco só serve para "viralizar o ódio"
"O que nós queremos não é crise, é o diálogo", ponderou Maia

Foto: Agência Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta nesta-feira (6) que a ideia de que existe um "parlamentarismo branco" no Brasil só serve para "viralizar o ódio" e atrasar "soluções que o governo e o parlamento precisam construir para a sociedade brasileira".
Na semana passada, durante viagem do presidente da Câmara à Europa, o perfil da embaixada espanhola publicou que um dos assuntos em discussão era o parlamentarismo, o que gerou críticas imediatas. Somado a isso, saíram diversas reportagens dizendo que, no Brasil, atualmente, existiria um "parlamentarismo branco", ou seja, apesar de haver um presidente, o protagonismo das decisões seria do Congresso Nacional.
"Eles inventaram que eu estava discutindo o parlamentarismo na Europa, eu sou contra o parlamentarismo no Brasil hoje. O parlamento tem que dar muitos passos para recuperar a credibilidade com a sociedade, para daqui 5,6 ou 7 anos a gente possa discutir se o sistema presidencialista é melhor ou o parlamentarista", explicou.
Para Maia, não serve a nada que discussões como esta ganhem notoriedade em um cenário de "tantos problemas concretos", como o Coronavírus e 11 milhões de desempregados, conforme elencou.
"Essas teses são criadas para arranjar alvos, para que o presidente do Congresso, da Câmara, do Senado e do próprio Supremo sejam atacados, para que o ódio seja viralizado", desabafou.
"O que nós queremos não é crise, é o diálogo", ponderou Maia.