Rondônia: PGR pede federalização de investigações de assassinatos
O pedido enviado ao STJ é uma das últimas medidas da procuradora Raquel Dodge
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Foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a federalização das investigações envolvendo o assassinato de líderes comunitários que denunciaram a grilagem de terras e a exploração ilegal de madeira em Rondônia.
Tal pedido enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) é uma das últimas medidas da procuradora Raquel Dodge, que deixa o cargo na próxima terça-feira (17), após dois anos de mandato.
Dodge cita mais de dez casos de homicídio e tortura de lideranças que atuavam em prol de trabalhadores rurais, no pedido. Segundo a procuradora, há suspeitas do envolvimento de agentes locais da segurança pública, motivo pelo qual os crimes está há longo período sem solução. Os assassinatos ocorreram entre 2009 e 2016.
Entre os assassinatos estão os casos do líder Renato Nathan Gonçalves, executado com três tiros à queima-roupa, em abril de 2012, em Nova Mamoré (RO).
Adelino Ramos, conhecido como Dinho, líder do Movimento Camponês Corumbiara, também foi morto, em maio de 2011. Osias Vicente, que, segundo o Ministério Público (MP), trabalhava para uma quadrilha de madeireiros, foi executado após a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF), que investigou comércio ilegal de madeira. A suspeita é de queima de arquivo.
Ainda não há prazo para uma decisão do STJ sobre o pedido de federalização.