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Rosa Weber pede mais tempo para examinar ação sobre multa da Petrobras

Julgamento foi interrompido mesmo com maioria formada em favor da empresa

Por Da Redação
Ás

Rosa Weber pede mais tempo para examinar ação sobre multa da Petrobras

Foto: Fellipe Sampaio/STF

Mesmo com maioria formada para livrar a Petrobras do pagamento de uma multa de R$ 46 milhões, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, pediu mais tempo para examinar o caso e interrompeu o julgamento. 

Com o pedido de vista, a decisão ainda não tem data marcada para ser anunciada. O julgamento é realizado na 1ª Turma do Supremo. Até o pedido de vista da ministra, haviam votado para rejeitar o pedido contra a Petrobras os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. O ministro Luís Roberto Barroso declarou-se suspeito. 

Esta mesma ação havia sido objeto de uma decisão anterior do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que condenara a estatal ao pagamento da indenização cobrada por sindicatos. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou para rejeitar o agravo apresentado contra decisão anterior sua que havia livrado a empresa do pagamento da causa, que poderia chegar a uma cifra bilionária, segundo cálculos da própria empresa.

Com isso, fica restabelecida a sentença de primeiro grau que julgou improcedente o pedido inicial feito nos processos paradigmas, ficando prejudicadas outras petições sobre o mesmo tema que foram protocoladas no STF.

Quando o TST julgou o caso, em junho de 2018, o impacto estimado para a estatal era de R$ 17,2 bilhões, sendo R$ 15,2 bilhões para corrigir os salários retroativamente. A decisão valia para cerca de 51 mil funcionários ativos e inativos da Petrobras, no que foi considerado a maior ação trabalhista da história da estatal. A empresa, no entanto, atualizou a conta e incluiu entre suas provisões deste ano o valor de R$ 46 bilhões.

O valor não chegou a ser desembolsado porque, ainda em julho de 2018, o então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, suspendeu a decisão do TST, além das ações individuais e coletivas que discutem essa matéria, qualquer que fosse a fase de tramitação, até a deliberação final da Corte.

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