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Política

Rui Costa debate transparência nos gastos ambientais da estatal Itaipu Binacional no Senado

Debate também tratará do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Por Da Redação, Agências
Ás

Rui Costa debate transparência nos gastos ambientais da estatal Itaipu Binacional no Senado

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, comparecerá ao Senado para falar sobre o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto de 2023. O debate será na Comissão de Infraestrutura (CI) e também tratará da transparência nos gastos ambientais da estatal Itaipu Binacional. A reunião está marcada para terça-feira (30), às 9 horas.

Presidente da comissão e autor de um dos requerimentos para a audiência, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) ressalta que o programa foi lançado em agosto de 2023, com investimentos de R$ 1,7 trilhão. Ele levanta a possibilidade de que, sem a devida fiscalização, as falhas das versões anteriores do PAC possam se repetir.

“Segundo o Tribunal de Contas da União [TCU], o índice de conclusão das obras do PAC ficou abaixo de 10% na primeira versão do programa (entre 2007 e 2010) e pouco mais de 25% na segunda versão (a partir de 2010). Tal quadro não poderá se repetir nessa nova versão, sobretudo considerando a atual situação fiscal do país”, adverte o senador.

Na terça-feira (23) a comissão fez um debate sobre o PAC com representantes da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na qual senadores questionaram prazos para transferências de recursos da União para estados e municípios.

Itaipu

Autor do outro requerimento para a audiência com Rui Costa, o senador Esperidião Amin citou acórdão do TCU que determina à Casa Civil a apresentação de uma proposta de critérios para seleção de investimentos socioambientais e de infraestrutura, a ser apresentada nas negociações com o Paraguai para a revisão do Tratado de Itaipu. Ele repercutiu a preocupação do TCU com a elevação de gastos da estatal sem o devido controle.

“Os gastos da Itaipu Binacional com programas de ‘responsabilidade socioambiental’ constituem um verdadeiro orçamento público paralelo, caracterizado pela escassa transparência. Sob a égide do Tratado de Itaipu, a gestão da empresa tem incorporado uma série de despesas não relacionadas ao setor elétrico nas tarifas da energia elétrica compulsoriamente adquirida pelos consumidores brasileiros, sem que haja a possibilidade de fiscalização por qualquer órgão de controle externo”, avalia.

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