Rússia anuncia saída do Conselho da Europa
Grupo de direitos humanos do continente já estudava a expulsão do país após ataques contra a Ucrânia
Foto: Reprodução/Pixabay
A Rússia anunciou, nesta terça-feira (15), a decisão de deixar o Conselho da Europa, principal grupo de direitos humanos do continente. O país comandado por Vladimir Putin antecipou a saída, já que uma expulsão era esperava após os ataques à Ucrânia.
A Rússia, no entanto, não é o primeiro país a deixar o grupo. Em 1969, a Grécia tomou a mesma decisão após prevê uma expulsão, devido à um golpe militar em que militares do exército tomaram o poder, o país retornou ao Conselho após cinco anos. As informações são da Reuters.
A decisão deve reverberar em algumas consequências práticas, como, por exemplo, a convenção de direitos humanos deixar de se aplicar à Rússia e os russos não poderão mais apelar ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos contra o próprio governo.
O Conselho da Europa, no entanto, afirma que as sanções são contra o regime “autocrático, cleptocrata e opressor” de Vladimir Putin, não contra os cidadãos russos. “Na casa comum europeia, não há lugar para um agressor”, afirmou.
O representante russo Leonid Slutsky, chefe da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma — a câmara baixa do Parlamento russo — afirmou que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia veem o Conselho da Europa como “um meio de apoio ideológico para sua expansão político-militar e econômica para o leste”.