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Rússia: Em lista de países considerados hostis, Putin deixa Brasil de fora

Relação normatiza decreto de Putin que estabelece critérios para a relações comerciais com a nação russa enquanto durar a guerra

Por Da Redação
Ás

Rússia: Em lista de países considerados hostis, Putin deixa Brasil de fora

Foto: Getty Images

O Kremlin divulgou, nesta segunda-feira (7), uma lista de países considerados hostis pela Rússia. Essa relação serviu para normatizar um decreto, assinado Vladimir Putin no último sábado (5), que estabeleceu critérios de relações comerciais com outros países enquanto durar o conflito no vizinho. O Brasil, que tem pregado neutralidade no conflito entre a nação russa e a Ucrânia, não está nessa lista.  

Os países considerados hostis são: Austrália, Albânia, Andorra, Reino Unido, os 27 países da União Europeia, Islândia, Canadá, Liechtenstein, Micronésia, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, San Marino, Macedônia do Norte, Singapura, Estados Unidos, Taiwan, Ucrânia, Montenegro, Suíça e Japão. 

Todos os países que estão na lista, considerados hostis, aplicaram algum tipo de sanção à Rússia após a invasão ao território ucraniano no dia 24 de fevereiro. Como é sabido, o Brasil, apesar de ter votado a favor da resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) condenando a guerra, nada fez na prática contra a nação russa. 

Ao mesmo tempo que votou contra a guerra, o embaixador do Brasil na ONU também discursou condenando as sanções. 

Já Bolsonaro, apesar do embaixador do Brasil ter votado contra a guerra, se disse solidário à Rússia, em encontro presencial com Putin no dia 16 de fevereiro, quando os Estados Unidos e a Otan afirmavam que os exercícios militares russos ao redor da Ucrânia prenunciavam uma invasão. No dia 27 de fevereiro, com a guerra já em curso, o presidente brasileiro afirmou que iria manter a neutralidade por temer retaliações no fornecimento de fertilizantes ao Brasil. 

Mas essa posição 'neutra' de Bolsonaro não deu muito resultado. Na última sexta-feira (4), o governo russo recomendou que os fabricantes de fertilizantes suspendessem as exportações até que fosse encontrada uma saída para regularizar o fluxo de envio de produtos ao exterior.

Com a guerra, as maiores transportadoras marítimas do mundo pararam de trabalhar em portos russos, com medo de serem atingidas pelas sanções impostas pelos Estados Unidos, e outros países, contra quem fizer negócio com a Rússia. 

O decreto de Putin impõe ainda que os países "que cometem ações hostis contra a Rússia, empresas e cidadãos russos" poderão ter obrigações financeiras pagas por qualquer pessoa ou entidade russas em rublos, a partir de contas especiais abertas no país de Putin.

O decreto permanecerá valendo enquanto houver controle de capitais no país, e é mais uma tentativa de evitar a insolvência de empresas --títulos emitidos em dólar e euro delas tiveram forte depreciação com as sanções ocidentais, e papéis de gigantes como estatal de gás Gazprom estão sendo disputados no mercado.

Como resposta às sanções econômicas que tem sofrido, o Banco Central russo reduziu o acesso à moeda estrangeira, o que causou impacto na capacidade de pagamento no exterior dos russos. A nova medida é temporária e atinge apenas pagamentos superiores a 10 milhões de rublos (R$ 365 mil) mensais.

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