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Rússia prepara batalha que pode encerrar guerra na Ucrânia, diz site

O país fechou o cerco aos últimos defensores de Maripuol e está reforçando posições em torno do leste do país

Por Da Redação
Ás

Rússia prepara batalha que pode encerrar guerra na Ucrânia, diz site

Foto: WHO/Anastasia Vlasova

A batalha que pode levar à conclusão da Guerra entre Ucrânia e Rússia pode estar próxima. Isso porque a Rússia fechou o cerco aos últimos defensores da cidade de Maripuol e está reforçando posições em torno do leste do país. A informações são da Folha de S. Paulo.

A cidade portuária de Maripuol é o único empecilho para que a Rússia estabeleça um controle terrestre de uma faixa que liga o leste russófono (Donbass) à península histórica da Rússia (Crimeia), anexada da Ucrânia em 2014.

De acordo com o site, a cidade está praticamente destruída, embora ainda haja moradores tentando sair, a partir de um novo corredor humanitário anunciado pelos russos nesta segunda (11). Volodimir Zelensky, presidente ucraniano, afirmou ao Parlamento da Coreia do Sul, que já morreram "dezenas de milhares de pessoas" no local. Segundo a imprensa russa, as instalações do porto de Mariupol foram tomadas, encurralando os últimos resistentes.

A queda de Maripuol concretizaria o cenário sul para a batalha de Donbass, que já foi anunciada por Moscou como objetivo nesta fase dos conflitos. A partir disto, já foram relatados reforços de tropas em toda a região já ocupada por separatistas nas repúblicas de Luganskm Donetsk e ao norte de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, que está sob ataques desde o início da guerra.

Um analista russo que reivindicou anonimato informou que Moscou deverá fazer um ataque que tente driblar a chamada linha de contato, a fronteira real entre as áreas tomadas por rebeldes pró-Rússia desde a guerra civil iniciada em 2014 e as principais forças ucranianas —cerca de 40 mil homens bem treinados. 

Diferentemente da primeira fase da guerra, com múltiplas frentes e forças dispersas, a ação tende a ser mais focada e a ocorrer em campos menos congestionados por cidades. Se queria tomar a Ucrânia toda no susto, chegando às portas de Kiev com forças insuficientes no segundo dia da guerra, Putin fracassou.

Do lado adversário, os sinais foram vistos. Autoridades do Pentágono disseram a repórteres que os russos podem dobrar ou triplicar o número de soldados ora posicionados no Donbass. E o governo em Kiev disse esperar a ofensiva "para os próximos dias".

A batalha insinua um ponto de inflexão, talvez final, da guerra. Putin nomeou para comandar a ação o general Aleksandr Dvornikov, de reputação implacável quando chefiou as forças russas na Síria.

Se os russos conseguirem ou destruir, ou fazer se retirarem as forças de Zelenski na região, poderão tomar as fronteiras anteriores à guerra civil das províncias de Lugansk e Donetsk. A situação militar poderá levar a uma negociação de paz efetiva, faltando aí saber como serão atendidas as expectativas de Kiev de terem proteção ocidental em troca de não aderir à Otan.

Se for uma vitória muito expressiva, Putin estará em condição de ditar mais termos. Por ora, segue a guerra: seu chanceler, Serguei Lavrov, disse que os combates não cessarão enquanto houver negociações de paz.

Para o analista, o presidente russo pode perder a batalha. O risco é o de falta de reservas: como não declarou guerra para manter a pantomima de uma "operação especial" para o público interno, não há acesso a forças disponíveis numa mobilização nacional. Neste caso, uma derrota terá de ser embalada como alguma vitória parcial, e o risco de uma escalada violenta não está descartado.

Assim, se decidirem ficar para a luta, os ucranianos têm uma chance. O problema deles é o provável desgaste de suas forças, que não é escrutinado com precisão devido ao apoio que a causa de Kiev tem de governos e também na mídia, obscurecendo as informações.

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