Sabatina: Eslane Paixão diz que declaração de Bruno Reis sobre transporte em Salvador é de quem está “fora da realidade”

Durante a sabatina do ‘Lado B’ da FB Comunicação realizado nesta quinta-feira (1º), a pré-candidata à Prefeitura de Salvador, Eslane Paixão, critica prefeito Bruno Reis ao falar do transporte público de Salvador.  Para a candidata, a declaração do gestor municipal é de quem está “fora da realidade”.

“Só quem não vive em Salvador que pode afirmar, como o prefeito Bruno Reis afirmou na sua entrevista para a Bahia FM, de que Salvador é a cidade com menos tempo de trânsito e que isso é ótimo e que deve ser louvável. Todo motorista de ônibus, todo Uber, todo mundo que eu já pude comentar a respeito dessa entrevista, diz que é uma vergonha. Então mostra claramente que uma pessoa como essa não só não circula pela nossa cidade, não anda de ônibus ou de carro, mas como também está extremamente fora da realidade”, disse.

Para Eslane Paixão, o setor de mobilidade é bastante lucrativo, mas o benefício não é revertido para a utilização da população. 

“Uma melhora é urgente no transporte público, porque aliás, no transporte que é coletivo, porque não é público, porque no caso da nossa cidade, a gente vê lucros e mais lucros, como a gente viu recentemente. Aliás, no ano de 2023, é o subsídio que a gente viu da prefeitura de mais de R$205 milhões para as empresas de ônibus, mostrando o quanto isso é um setor extremamente lucrativo, porque você não tem um retorno disso”, afirmou. 

Questionada sobre a tarifa e propostas de melhorias, a pré-candidata disse que não defende a tarifa zero, mas que seja estabelecida uma “tarifa justa”. 

“Inclusive, uma pauta extremamente importante do movimento estudantil é o passe livre, que não é uma realidade. Mas se a gente tivesse minimamente uma transparência de quanto de fato é gasto, se aquele pneu que era para ser R$ 50 ou R$ 100, R$ 200, R$ 300, de fato é... Então, a gente já conseguiria trabalhar em cima de algo real. Só que hoje isso não acontece. E também, não necessariamente a tarifa precisa ser tarifa zero, mas uma tarifa justa. Então a gente poderia, a partir dessa consulta da nossa população, a partir de uma verdadeira transparência, porque aí seria uma responsabilidade da Prefeitura, então a gente poderia questionar esses valores, questionar o que de fato é investido, o que não é, se precisa desse subsídio todo”. 

A entrevista completa está disponível no canal do YouTube do FB Comunicação.