Saiba porque não há potências nucleares na América Latina
Região foi a primeira a se declarar uma zona livre de armas nucleares
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A recente ameaça do presidente Vladmir Putin, que sugeriu utilizar armas nucleares para se defender, deixou o mundo em alerta. Além da Rússia, há outras potencias nucleares que poderiam reagir e, assim, iniciar um conflito que não terá solução. Nesse jogo de força, a América Latina é a única região que não há armas nucleares.
Além de não contar com potências nucleares, a América do Sul foi a primeira região densamente povoada do mundo a se declarar uma zona livre de armas nucleares. Segundo Luis Rodríguez, pesquisador de pós-doutorado do Centro de Segurança e Cooperação Internacional da Universidade de Stanford, na Califórnia, a história do porquê a América Latina não tem armas nucleares começa em 1962, durante a crise dos mísseis, quando a União Soviética posicionou mísseis em Cuba, dando origem a uma crise entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Dessa forma, o Brasil propôs tornar a América Latina uma zona livre de armas nucleares como uma possível solução para essa crise, porque poderia facilitar a retirada de mísseis de Cuba. A iniciativa não prosperou e a crise dos mísseis foi resolvida através do diálogo direto entre Washington e Moscou.
Além disso, Ryan Musto aponta, por exemplo, que outro fator para a América Latina ter abandonado seus programas de desenvolvimento de mísseis é o fato de a região não ter o tipo de rivalidades intensas e conflitos que ocorrem em