Saiba quais partidos declararam apoio, oposição e neutralidade ao novo governo Lula
Parte das 23 legendas que vão ter representação se manifestou sobre como vai ser a postura em relação à gestão do petista
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Após a vitória do candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições deste ano, alguns dos 23 partidos que vão ter representação no Congresso em 2023 já manifestaram quais vão ser suas posições em relação ao terceiro governo do político.
Confira o posicionamento de cada legenda para o governo petista:
PL (99 deputados) - O partido de Jair Bolsonaro, que vai ter maior bancada na Câmara dos Deputados, já anunciou seu posicionamento. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, afirmou que a legenda fará oposição ao governo Lula.
PT (68 deputados) - A segunda maior bancada na Câmara, por outro lado, pertence ao PT de Lula, que vai compor a base do governo e deve contar ainda com o respaldo dos outros nove partidos que compuseram a coligação que venceu as eleições (PC do B, PV, Solidariedade, PSOL, Rede, PSB, Agir, Avante e Pros). Juntas, essas 10 legendas somam 139 parlamentares.
União Brasil (59 deputados) - A sigla ainda não anunciou seu posicionamento. Segundo o blog do Valdo Cruz, o partido será procurado por Gleisi, a presidente do PT.
PP (47 deputados) - A legenda tem Ciro Nogueira, que é ministro da Casa Civil de Bolsonaro, como presidente licenciado, ainda não anunciou o posicionamento. Ao site Poder360, o líder do partido na Câmara, André Fufuca, disse que a legenda aguardaria o final do governo Bolsonaro para debater a questão.
PSD (42 deputados) - O partido foi convidado pelo PT para integrar a equipe que fará a transição e participe do conselho político que será formado, mas não divulgou posicionamento até o momento. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, divulgou que teve uma "ótima conversa" com o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Republicanos (41 deputados) - O partido decidiu manter posição neutra. "Nós, do Republicanos, vamos manter a coerência e seguir um caminho de independência, aprovando aquilo que for bom para o Brasil e criticando aquilo que for ruim", escreveu o presidente da legenda, Marcos Pereira.
PDT (17 deputados) - Após o primeiro turno, o PDT, que teve Ciro Gomes como candidato a presidência e ficou em quarto lugar, declarou apoio a Lula, e portanto, à base governista.
PSB (14 deputados) - A legenda, presidida por Carlos Siqueira, é a mesma do vice-presidente eleito na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, e fará parte da base governista.
PSDB (13 deputados) - O presidente do partido, Bruno Araújo, afirmou que a legenda não fará parte do governo de Lula, mas que está comprometido com a "governabilidade" e "estabilidade" do país. A sigla optou pela neutralidade.
PSOL (12 deputados) - O presidente do partido, Juliano Medeiros, integra o conselho político da equipe de transição. A sigla fará parte da base governista.
Podemos (12 deputados) - Após o primeiro turno, o partido liberou seus filiados para apoiar Lula ou Bolsonaro. No primeiro turno, o Podemos apoiou a candidatura de Simone Tebet (MDB) à presidência. Até o momento, a sigla não se pronunciou.
Avante (7 deputados) - A legenda, que é a mesma do deputado federal André Janones, um dos principais nomes da campanha de Lula, não se manifestou até o momento.
PSC (6 deputados) - O PSC decidiu apoiar o presidente Bolsonaro durante a campanha pela reeleição. No entanto, o partido ainda não anunciou se apoiará Lula no governo ou se fará oposição.
PCdoB (6 deputados) - A legenda, presidida por Luciana Santos, fez parte da Coligação Brasil da Esperança, que tinha Lula como candidato à Presidência, ainda não se manifestou.
PV (6 deputados) - O partido fez parte da Coligação Brasil da Esperança, que tinha Lula como candidato à Presidência. Portanto, fará parte da base governista.
Cidadania (5 deputados) - O partido apoiou Lula no segundo turno e fará parte da base governista.
Patriota (4 deputados) - Até o momento, o partido ainda não se posicionou.
Solidariedade (4 deputados) - Os partidos Pros e Solidariedade anunciaram fusão. As duas siglas compõem a coligação de Lula.
Novo (3 deputados) - Em uma rede social, o presidente da legenda, Eduardo Ribeiro, fez criticas ao PT e disse que o partido do presidente eleito "nunca teve um projeto de país". "Seremos oposição", escreveu Ribeiro.
PROS (3 deputados) - Os partidos Pros e Solidariedade anunciaram fusão. As duas siglas compõem a coligação de Lula.
Rede (2 deputados) - Marina Silva, deputada federal eleita por São Paulo, foi uma das principais apoiadoras da campanha de Lula, de quem se reaproximou nesta eleição. O partido será da base governista.
PTB (1 deputado) - Até o momento, o partido não se manifestou.