"É imperativo bloquear o salário de Eduardo Bolsonaro", diz Lindbergh após fim de licença
Líder do PT defende suspensão de pagamento e mandato após deputado seguir nos EUA mesmo com fim de licença

Foto: Marcelo Camargo e Wilson Dias/Agência Brasil
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), solicitou nesta segunda-feira (21) ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), o bloqueio do pagamento do salário de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a suspensão cautelar de seu mandato. O pedido ocorre após o fim da licença por interesse particular do parlamentar, encerrada no domingo (20), sem que ele tenha retornado às atividades legislativas.
Na petição enviada à presidência, Lindbergh argumenta que o deputado permanece nos Estados Unidos realizando articulações políticas sem informar oficialmente a Câmara sobre sua ausência. “Considerando o término da licença e a injustificada ausência de retorno às atividades parlamentares, é imperativo que a Presidência da Câmara proceda ao imediato bloqueio do pagamento da remuneração parlamentar de Eduardo Bolsonaro, nos termos da Constituição Federal e das normas internas desta Casa”, afirma o documento.
O líder petista também destaca que a atuação política de Eduardo Bolsonaro no exterior estaria sendo financiada por recursos de origem questionável, conforme falas do ex-presidente Jair Bolsonaro, e defendeu que a situação não pode ser tratada como prática parlamentar regular.
Durante o período de afastamento, o deputado não recebeu salários, conforme previsto pelo Regimento Interno da Câmara para licenças por interesse particular. O salário bruto de Eduardo Bolsonaro é de R$ 46.366,19.
O regimento permite pagamento durante licenças apenas em casos de missões diplomáticas ou por questões de saúde, o que não se aplicou ao caso do deputado do PL.
Até o momento, a assessoria de Eduardo Bolsonaro não se manifestou sobre o pedido.