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Salvador, 473 anos: Cidade da Música respira diversidade de sons e ritmos

Uma das principais características é a mistura de ritmos, que vai do samba de roda ao 'pagodão' baiano

Por Emilly Lima
Ás

Salvador, 473 anos: Cidade da Música respira diversidade de sons e ritmos

Foto: Sayonara Moreno/Agência Brasil

Conhecida por ser berço de grandes artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Lazzo Matumbi, Dorival Caymmi, Luiz Caldas e tantos outros cantores, não foi atoa que Salvador foi a primeira cidade brasileira a ganhar o reconhecimento mundial como "Cidade da Música", em 2015. Título esse, que foi renovado em 2020, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

Na terça-feira, dia 29 de março, a capital baiana completou 473 anos de existência, história, transformações, musicalidade e uma diversidade de sentidos que aqui podem ser inseridas. Uma das grandes características é a mistura de ritmos, que vai do samba de roda, passa pelo axé music, MPB, forró, pagodão, pagodinho, arrocha, rock, samba-reggae, rap e afoxés. E aqui nem citamos todos os ritmos que podem ser encontrados na cidade. 

A pandemia da Covid-19 provocou a suspensão de todos os eventos que gerassem aglomeração de público, o que fez com que a folia mais aguardada pelos baianos fosse cancelada por dois anos seguidos. Mas a flexibilização dos shows e apresentações têm trazido esperança de lazer para os baianos, que mesmo com algumas medidas ainda impostas tentam curtir os shows realizados. 

"A sensação do retorno é boa, mas ainda estranha porque ficamos muito tempo limitados e causa uma insegurança. Em dezembro de 2021, fui para um show, porém fiquei com medo, mesmo com os casos de Covid-19 estarem baixos naquele período. Mas foi memorável pela experiência do retorno", diz Bruno Andrade. 

Quem também espera ter mais um show memorável é Driele Santana. Fã assumida de Saulo, ela contou ao Farol da Bahia que recorda até hoje o último show que foi do cantor. "Antes de se pensar em pandemia, Saulo fez um show no Jardim dos Namorados e foi perfeito. Fui sozinha e se eu não fosse me arrependeria amargamente até hoje. Ele tocou todas as músicas, das novas às velhas, e eu nem sabia que seria o contato mais próximo que eu teria do Carnaval durante dois anos. Todo mundo feliz, cantando, dançando, usando fantasia e cada momento que ele cantava foi único, perfeito, como só ele sabe fazer", comenta com entusiasmo. 

Influência da cultura negra

A musicalidade presente em Salvador tem forte influência da cultura negra. É difícil encontrar uma pessoa que não conheça o som dos atabaques do Olodum e do Ilê Aiyê, por exemplo, que são grandes grupos baianos que mantém a religiosidade e expressões de resistência. O samba-raggae nasceu no final dos anos 80, uma mistura da roda de samba com o reggae, que conta com fortes tambores do Olodum e hoje é conhecido no mundo todo. 

Segundo o comunicador Jorge Mário, escutar o som dos blocos afros o remete a sua ancestralidade, o que faz com que sempre esteja em sintonia com o que acredita. "Sou uma apaixonado pela música da Bahia, principalmente axé music. Não consigo explicar quando ouço as batidas do blocos afros. É uma sensação que remete a minha ancestralidade. Fico mais feliz ainda em saber que a minha religiosidade tem grande contribuição para a musicalidade de Salvador", contou.

Museu Cidade da Música

No ano passado, a capital baiana ganhou mais um espaço cultural: o museu Cidade da Música da Bahia, que ressalta a criação dos ritmos e movimentos culturais, além da história da música desde o início até os dias de hoje. No local, que está localizado em frente ao Mercado Modelo, no bairro do Comércio, os visitantes apaixonados pela música vivenciam uma experiência musical audiovisual, com interações e estúdio para gravação de depoimentos. 

O espaço cultural também conta com espaço karaokêteka, onde o visitante vira cantor e ganha videoclipe. Basta apenas escolher um fundo para o vídeo. O ambiente funciona todos os dias, das 10h às 16h, e cada visita dura em torno de uma hora e meia. Os valores são R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
 

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