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Salvador registra aumento de 52% nas mortes em tiroteios durante mês de julho

SSP aponta para redução de 19% nas mortes violentas

Por Da Redação
Ás

Salvador registra aumento de 52% nas mortes em tiroteios durante mês de julho

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Secretaria de Segurança da Bahia (SSP-BA) divulgou, nesta terça-feira (8), dados que apontam para uma redução de 19% no número de mortes violentas (homicídios, latrocínios e lesões dolosas seguidas de morte) em Salvador no início deste segundo semestre, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar dos números do Governo do Estado, o Instituto Fogo Cruzado registrou 131 tiroteios, 102 mortos e 23 feridos na capital baiana durante o mês de julho.  

Segundo o instituto, julho é o mês com o maior número de pessoas mortas por arma de fogo desde que o instituto iniciou suas atividades na Bahia, no mesmo mês do ano anterior. Os casos de homicídio, latrocínio e lesões seguidas de morte em que as vítimas são atingidas por arma de fogo também são contabilizados pelo Fogo Cruzado no total de pessoas atingidas por disparos de arma de fogo. 

No ano passado, foram contabilizados pelo instituto 105 tiroteios na capital baiana, com 67 mortos e 20 feridos. Os dados mostram um aumento de 24,7% no número de troca de tiros, 52,2% nas mortes e 15% no total de feridos. 

A Secretaria de Segurança Pública informou que entre 1º e 31 de julho deste ano, houve um total de 84 ocorrências de homicídios, latrocínios e lesões seguidas de morte. No mesmo período de 2022, a pasta contabilizou 104 ocorrências do tipo.

Em Salvador e Região Metropolitana, o Instituto Fogo Cruzado mapeou 187 pessoas baleadas e 178 tiroteios em junho: 151 morreram e 36 ficaram feridas. Do total de tiroteios registrados, 67 ocorreram durante ações e operações policiais que deixaram 64 pessoas mortas e 12 feridas. O mês passado também foi o mês com o maior número de pessoas mortas em ações policiais desde que o instituto iniciou seu mapeamento, em julho de 2022. No ano passado, o mês teve um total de 109 baleados, 86 mortos e 23 feridos.

Do final do mês passado até início de agosto, o alto número de pessoas mortas em ações policiais na Bahia repercutiu em todo o país. Foram, ao menos, 38 mortos em confronto com policiais desde o dia 28 de julho. 

Após o ministro Silvio Almeida determinar que a Ouvidoria de Direitos Humanos acompanhe as mortes durante ações policiais no estado, o governador Jerônimo Rodrigues afirmou, nas redes sociais, que está em diálogo com o governo federal e órgãos do sistema de justiça sobre a segurança pública na Bahia. 

Em 2022
Vale destacar que dados do anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no mês passado, mostram que a Bahia registrou 6.659 mortes violentas intencionais em 2022, número que coloca o estado como líder no ranking nacional. 

A soma total de mortes violentas engloba os homicídios dolosos (incluindo feminicídios, que são homicídios qualificados); lesões corporais que terminam com morte; latrocínios, que é quando a vítima é assassinada para que o roubo seja concluído; mortes de policiais e assassinatos cometidos por eles.

Das 50 cidades mais violentas do país, 12 estão na Bahia: o estado que mais aparece na lista. Todas elas têm mais de 100 mil habitantes. O município com maior taxa de mortes violentas é Jequié, que nem está na lista das 10 maiores cidades baianas, com base no Censo 2022, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apreensão de armas
A SSP também informou que, ao todo, 14 armas de fogo foram retiradas de circulação por dia durante o primeiro semestre de 2023. Entre janeiro e julho, o número de apreensões de armas de fogo chegou a quase 3 mil, entre fuzis, carabinas, rifles, submetralhadoras, espingardas, pistolas e revólveres.

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