Produção Industrial apresenta crescimento de 0,5% em Junho na Bahia

A produção industrial da Bahia registrou, em junho, um crescimento de 0,5% em comparação ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho marcou um retorno ao crescimento após uma queda de 2,4% entre abril e maio.

O cenário baiano superou a média nacional de crescimento de 0,1% e ocupa o sexto melhor desempenho entre 15 regiões avaliadas. No ranking dos maiores avanços, estão Espírito Santo (4,6%), Rio de Janeiro (3,2%) e Santa Catarina (2,6%). Já o Ceará (-6,4%), Região Nordeste (-4,5%) e Amazonas (-4,0%) apresentaram as maiores quedas.

Apesar do crescimento em junho, a produção industrial na Bahia ainda permaneceu consideravelmente abaixo do nível registrado antes do início da pandemia de COVID-19, em fevereiro de 2020, com uma diferença de -20,8%.

Na comparação com junho de 2022, a produção industrial do estado sofreu um declínio de -3,6%, marcando a segunda retração consecutiva nesse comparativo anual. Esse resultado contrastou com o desempenho nacional que apresentou um modesto crescimento de 0,3%.

A análise regional demonstrou ainda que a Bahia está como a quinta pior região dentre as 18 investigadas nesse comparativo interanual. Os estados mais afetados foram Ceará (-14,6%), Maranhão (-8,5%) e Região Nordeste (-7,3%). Em contraste, Rio Grande do Norte (16,5%), Espírito Santo (11,8%) e Rio de Janeiro (11,7%) lideraram os maiores crescimentos.

No acumulado do primeiro semestre de 2023, a indústria baiana amargou um recuo de -3,7%, o quinto pior resultado no país, ficando abaixo da média nacional de -0,3%.

Nos últimos 12 meses até junho, a produção industrial na Bahia apresentou uma queda mais expressiva de -4,2%, posicionando-se novamente como o quinto pior desempenho entre as regiões analisadas e abaixo da média nacional de 0,1%.

A análise das atividades da indústria de transformação no estado durante o primeiro semestre revelou que seis das dez áreas investigadas tiveram reduções na produção. O setor de produtos químicos liderou essa queda, com um decréscimo de -8,7%, seguido pela fabricação de celulose, papel e produtos de papel, que apresentou uma retração de -7,6%. A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos teve a maior queda geral, registrando um recuo de -17,5%. Por outro lado, a fabricação de produtos alimentícios teve um aumento de 11,2%, sendo o principal fator que contrabalançou a retração geral na indústria baiana, seguida pela metalurgia, com um aumento de 2,4%.